Soja inicia semana operando em alta na Bolsa de Chicago e aguarda dados do clima

Os futuros da oleaginosa começam a semana operando em campo positivo e, por volta de 7h50 (horário de Brasília), subindo entre 4,25 e 6,75 pontos nos principais contratos. Assim, o novembro/19 tinha US$ 9,38 e o maio/20, US$ 9,74 por bushel. 

O mercado internacional, segundo explica Steve Cachia, encontra suporte no fator clima. De acordo com o consultor da AgroCulte e da Cerealpar, as incertezas na conclusão da safra dos EUA – com condições adversas em alguns locais para o desenvolvimento da colheita – e as adversidades no Brasil atraem a atenção dos traders. 

“A semana não tem importantes dados oficiais novos e, portanto, o tom vai ser em função dos resultados de acompanhamento da colheita que o USDA divulga hoje após o fechamento (17h Brasília)” diz. 

No Brasil, até a última sexta-feira (18),  o plantio já havia sido concluído em 23% da área, de acordo com números da ARC Mercosul. E com as chuvas dos últimos dias, as expectativas são de que os trabalhos de campo podem ter evoluído consideravelmente neste final de semana. 

Ao lado destas informações, qualquer nova informação relacionada às questões China x EUA também podem ter um peso maior sobre o andamento dos preços na CBOT. Os participantes do mercado se atentam à notícias de novas compras e do andamento da chamada ‘fase um’ do acordo parcial firmado entre os dois países. 

Cachia alerta ainda para a necessidade de o mercado brasileiro seguir acompanhando o andamento do dólar e sua influência na formação dos preços no Brasil. “Principalmente porque as polêmicas relacionadas às questões políticas brasileiras não param e podem influenciar o mercado financeiro, que pelo menos até agora não deixou ser influenciado”, diz.