Segunda safra de milho já sofre com o déficit hídrico em regiões do PR, SC, MS, GO e SP e situação pode se agravar

A falta de chuvas nas últimas semanas já apresenta reflexos ao desenvolvimento do milho safrinha em partes do Brasil. Dados da Agrymet de balanço hídrico mostram um quadro bastante preocupante para a cultura em áreas produtoras do Centro-Sul do país.

“Principalmente na região Centro-Sul, a gente vem enfrentando um ano bastante atípico. Já foi atípico no ano passado, quando a gente observou atraso no plantio da soja em grande parte do Brasil”, pontua Paulo Sentelhas, CTO da Agrymet.

Segundo o especialista, não bastam chuvas serem registradas nas próximas semanas para reversão do cenário nas regiões de produção, também é preciso que o solo já tenha uma reserva hídrica disponível para garantir o desenvolvimento das plantas.

Apesar de chuvas irregulares estarem previstas para o Centro-Sul do país nos próximos dias, pontos do estado do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentam nos dados Agrymet reserva de água no solo abaixo de 40%.

“Esse cenário [com reserva abaixo de 40%], não afeta só o milho safrinha, vai afetar as plantas perenes e a cana que vem sofrendo muito com esse quadro que se estabeleceu desde o ano passado”, pontua Sentelhas.

Para os próximos três meses, começando em abril, os modelos climatológicos apontam a possível continuidade de chuvas abaixo da média em pontos do Centro-Sul do Brasil, mas com certa irregularidade, e chuvas dentro a acima da média em áreas do centro, Norte e Nordeste.

Sentelhas recomenda aos produtores monitoramente minucioso das condições do tempo nos próximos meses.