Seca histórica pode impactar soja no Paraná

O Paraná é o segundo produtor nacional de soja. Segundo a última projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) esperava plantar 5,5 milhões de hectares com a oleaginosa e colher 20,1 milhões de toneladas, cerca de 6,5% a menos que na safra 19/20. O estado também ocupa a vice-liderança no milho com expectativa de colheita total de 16 milhões de toneladas, sendo 12,7 milhões de toneladas somente na safrinha.

No entanto uma forte seca pode atrapalhar o desempenho das duas culturas. O déficit hídrico já se arrasta há um ano e muitos produtores que plantaram a soja em setembro tiveram que replantar, atrasando a colheita e recaindo sobre a janela do milho.

A previsão do tempo para os próximos meses não é animadora. Segundo o Inmet em janeiro e fevereiro as chuvas previstas devem ser acima da média mas de forma irregular sobre as regiões paranaenses. Esse é o reflexo da La Niña. Segundo o geógrafo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pedro Fontão, as chuvas devem ficar abaixo do esperado. “O que o agricultor precisa não é muita chuva mas que seja bem distribuída, o que não tem ocorrido”, aponta.

De acordo com a Federação da Agricultura do Paraná (Faep) quem plantou com umidade tem uma boa lavoura mas a floração ainda é preocupante porque se não voltar a chover a produtividade deve ser reduzida. No milho a primeira safra teve perdas de 1,4 milhão de toneladas no Estado. A janela do milho segue até o final de janeiro.