PR: erradicação de plantas de soja tiguera em meio ao milho favorece vazio sanitário da soja

Com a implantação da cultura e desenvolvimento inicial das plantas do milho segunda safra (safrinha) também já iniciam as ações de manejo em relação ao preparo para a implantação da soja verão. Uma das ações que reflete no potencial produtivo da cultura e deve ser realizada antes mesmo da semeadura da soja é o vazio sanitário para o controle da ferrugem asiática. Mesmo com período oficial de vigência iniciando em junho, a equipe técnica da Copagril orienta para o controle no início da cultura do milho.

Semeadura – O supervisor agronômico da Copagril, Paulo Brunetto, lembra que a semeadura do milho safrinha é feita sobre áreas antes cultivadas com soja no verão e que, pelo processo de colheita – debulha natural de vagens e processo mecanizado – grãos ficam sobre o solo e acabam emergindo.

Erradicação antecipada – “Embora o vazio sanitário da soja seja entre dia 10 de junho a 10 de setembro, é necessário que o agricultor faça a erradicação antecipada das plantas da soja no meio da cultura do milho, até porque neste momento as condições de clima e umidade são favoráveis, tanto para o milho, como para a soja e também para o patógeno da ferrugem asiática da soja. A erradicação nesse momento é importante porque quebra o ciclo, visto que a doença precisa da planta da soja viva para disseminação, assim corta-se o ciclo antecipadamente, e isso é importante porque vai entrar no vazio sem plantas vivas da soja em meio a cultura do milho e também essa medida de controle antecipada é mais favorável com as plantas de milho ainda com porte baixo”, explica o fiscal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Anderson Lemiska.

Competição – As plantas da soja tiguera/guaxa/remanescente em meio à cultura do milho competem com o milho por água, luz e nutrientes, também interferindo no potencial produtivo do milho. “O produtor é o maior beneficiado pelas medidas de controle antecipadas. Veja bem, quanto maior presença da doença na lavoura, mais cedo vai afetar a cultura principal – a safra de verão – e aí o produtor terá maior dificuldade do controle. Esse período sem plantas vivas da soja é importante para quebrar o ciclo da doença e/ou retardar o aparecimento na safra resultando no manejo de fungicida mais tarde, mas é lógico que é fundamental o monitoramento da presença do patógeno, condições de clima e o acompanhamento com a assistência técnica, seguindo as recomendações dos profissionais que estão à campo verificando as condições da lavoura”, completa o fiscal.

Manejo – A equipe agronômica da Copagril acompanha e orienta os produtores sobre as melhores ações de manejo conforme as necessidades de cada lavoura. Os profissionais estão disponíveis nas Unidades de atendimento da cooperativa.