Manejo e boas práticas diminuem a resistência de pragas aos inseticidas e toxinas

O refúgio agrícola é essencial? Existem práticas mais recomendadas para o cultivo das variedades Bt? Qual conjunto de técnicas garante a eficiência da tecnologia e o aumento de produtividade sem colocar a lavoura em risco? Essas respostas foram dadas pelos especialistas Celso Omoto, Celito Breda, Paulo Degrande, Daniela Okuma e Fábio dos Santos durante o 12º Congresso Brasileiro do Algodão.

A chegada da tecnologia Bt no algodão beneficiou os agricultores, apresentando vantagens sobre o método convencional de controle de pragas. Mas, o primeiro algodão transgênico aprovado no Brasil, em 2005, pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) ainda traz dúvidas e preocupa os produtores quanto ao manejo e à suscetibilidade de insetos e toxina Bt.

Ficou claro para os congressistas que não há como ser eficiente sem levar boas práticas de manejo para o campo. “O monitoramento de pragas é a base para decisões corretas em todos os sentidos. Por isso, precisamos investir em pessoas, sistemas e processos, no intuito de aperfeiçoar esse monitoramento”, afirma Paulo Degrande, ressaltando que as estratégias devem estar baseadas nos ecossistemas, buscando a prevenção, análise e as realidades locais.

“Dessa forma, dentro das boas práticas agrícolas não se pode desconsiderar a eliminação de restos culturais, rotação e sucessão de culturas, uso de inseticidas e manejo de habitat, entre outros aspectos”, avalia Degrande, pontuando que existem cinco momentos do manejo, todos com a mesma importância, a serem considerados: pré safra, plantação, reprodutiva, final do ciclo e entre safra.