Chuvas no Paraná prejudicam soja plantada em setembro e aumentam pressão de doenças nas de outubro

Primeiras lavouras já sofreram mais com a falta de chuvas e agora passam por prejuízos devido ao excesso de precipitações. Demais áreas estão se desenvolvendo melhor, mas pressão de doenças preocupa pela impossibilidade de realizar aplicações

Após passar por atraso nas chuvas e estiagem, agora é o excesso de precipitações que prejudica a safra de soja 2020/21 no Paraná. Seguindo o plantio, que foi escalonado no estado, o impacto nas lavouras é diferente de acordo com a época de semeadura.

Segundo o presidente da Aprosoja Paraná, Márcio Bonesi, as lavouras que foram plantadas por volta de 25 de setembro, arriscando a semeadura antes das chuvas, são as que mais estão sofrendo neste momento. Muitas dessas áreas já estavam dessecadas para a colheita, mas os trabalhos não podem avançar neste cenário, o que torna esta a colheita mais atrasada dos últimos 10 anos.

Já para as lavouras semeadas após 25 de outubro, que esperaram a melhora das condições climáticas, o excesso de chuvas de janeiro não causa efeitos até o momento. A grande preocupação nessas áreas é a alta pressão de doenças. O engenheiro agrônomo do Sindicato Rural de Toledo/PR, Rudimar Luiz Soares, explica que o tempo chuvoso e a falta de luz solar fazem um cenário propício para as doenças.

Além disso, os produtores não conseguem entrar nas lavouras para realizar as atividades de aplicações de defensivos, o que deve acontecer com a parada das chuvas no final desta semana. Bonesi recomenda que este seja o foco neste momento, fazer as aplicações programadas para manter o alto potencial produtivo das lavouras.

Confira a íntegra da entrevista com o presidente da Aprosoja PR e com o engenheiro agrônomo do Sindicato Rural de Toledo/PR no vídeo.