Chocolate é alimento, chocolate é agro

No mundo inteiro são mais de 5,5 mi de pequenos produtores que produzem cacau, diz Tejon

No Brasil, estima-se que o agronegócio do cacau movimente 23 bilhões de reais, envolvendo 70 mil pequenos produtores, sendo o estado do Pará o maior produtor. O Brasil é o 5º maior consumidor de chocolates no mundo.

A uma semana da Páscoa, milhares de lojas, departamentos e comerciantes de chocolates estão proibidos de abrir para comercialização do alimento: chocolate.

Com a maioria dos brasileiros em isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus, o feriado, que sempre movimenta os supermercados em todo o País, deve ser de retração nas vendas.

Outro fator que contribui para a queda no consumo é o medo das pessoas ficarem desempregadas, e assim acabam evitando a compra de itens considerados supérfluos, concentrando os gastos em produtos básicos de alimentação e higiene pessoal.

Segundo pesquisa do Google com mil consumidores, 7 em cada 10 brasileiros vão mudar algum hábito nesta Páscoa — 12% deles devem deixar de comprar chocolate e 9% não irão almoçar em família.

Para a maioria dos comerciantes, lojistas e padarias, o movimento da Páscoa representa cerca de 35% em um ano. Ainda, de acordo com Luiz Tejon Megido, uma maiores autoridades nas áreas da gestão de vendas, marketing em agronegócio, “são sutis os territórios entre algo que é essencial ou não”.

“Para mim, flores e chocolate, alimentos e agronegócio. Flores para a alma e chocolate para a Páscoa, para a saúde e confraternização universal. É a vitória da fraternidade na Terra. Chocolate é alimento!”, finaliza Tejon em sua coluna na Rádio Jovem Pan.

Nota: Tejon cita flores, pois este setor foi um dos mais prejudicados no agronegócio com a crise do Covid-19. De acordo com a CNA, em seu boletim emitido no último mês, o mercado da floricultura teve uma retração de 70% no volume de vendas.