Bolsonaro defende volta ao trabalho e uso da hidroxicloroquina

Embora a substância ainda não tenha sido comprovada por estudos, Presidente reconhece que não é médico, mas indicaria a substância para a sua mãe

O presidente Jair Bolsonaro, no seu pronunciamento transmitido em rede nacional na noite desta quarta-feira (08/04), defendeu a volta das pessoas ao trabalho e o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com o novo coronavírus no Brasil.

Apesar de ainda não ter estudos que comprovem a eficiência da substância no combate à Covid-19, Bolsonaro citou uma conversa que teve com o cardiologista Roberto Kalil Filho. Nesta quarta-feira, o médico afirmou ao jornal Folha de SP que utilizou a hidroxicloriquina para se tratar e a prescreveu a pacientes com Covid-19.

Na ocasião, o presidente afirmou que o Brasil receberá até este sábado matéria-prima para a produção de mais hidroxicloroquina, em acordo comercial com a Índia.

“Agradeço ao primeiro-ministro Narendra Modi e ao povo indiano por essa ajuda tão oportuna ao povo brasileiro”, disse.


Alinhamento ministerial (Notícias Agrícolas)

Em clima amigável e sinal de tranquilidade nas relações, Mandetta reforçou que o presidente Jair Bolsonaro é o comandante do País e fez acenos pela união no governo. Mandetta disse que teve duas reuniões com Bolsonaro ao longo do dia e que o clima foi “bom”.

“O presidente passou as suas orientações, tivemos uma boa reunião de trabalho, com um bom clima, toda a equipe está tranquila, todo mundo trabalhando”, contou Mandetta durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

O ministro também elogiou o presidente da República, a quem chamou de “parceiro”. Ele disse, ainda, que Bolsonaro é alguém “voluntarioso” e tem “um pensamento muito forte no Brasil”. “A gente vai dando passos rumo a uma unidade muito boa por parte do governo”, declarou.


Volta ao trabalho

O posicionamento de Bolsonaro sobre a volta do trabalho e aplicação do “isolamento vertical” voltou ao pronunciamento.

Apesar de contrariar as recomendações da OMS, o isolamento vertical defendido pelo Presidente, sugere que apenas aqueles que forem do grupo de risco (idosos e pessoas com doenças crônicas) deverão ficar em casa. Por outro lado, o Ministério da Saúde recomenda um confinamento mais abrangente, para evitar a disseminação da doença e uma consequente sobrecarga no sistema de saúde nacional.