As notícias para a terça-feira

Boi: arroba sobe R$ 5 em São Paulo, diz Scot Consultoria

O início de setembro confirmou as expectativas de valorização das cotações com o aumento sazonal de consumo e a arroba subiu R$ 5 nas praças paulistas no levantamento diário da Scot Consultoria. A alta diária foi superior a 2% e a arroba ficou cotada em R$ 237, preço bruto e à vista. A consultoria adiciona que houve negócios pontuais a R$ 240, principalmente entre boiadas jovens que atendem à demanda do mercado chinês.

Na B3, a curva dos contratos futuros tiveram alta expressiva, em média de 1,20%, e voltou a ficar em grande parte acima dos R$ 240. O contrato para outubro teve ajuste em R$ 240,35, subindo 1,01%, e o contrato para dezembro chegou a R$ 244,10, em alta de mais de 1,5%. O indicador do Cepea do boi gordo subiu 0,40% e ficou em R$ 237,6 a arroba, renovando o maior valor da série histórica.

Milho: mercado físico brasileiro tem novas altas

A oferta restrita do milho e a necessidade dos compradores de recompor os estoques segue sustentando e impulsionando as cotações do cereal no mercado físico brasileiro. O indicador do Cepea renovou o maior patamar da série pelo terceiro dia consecutivo e ficou em R$ 61,25. Na B3, após alguns dias de baixas com realização de lucros, a curva futura voltou a subir. Em média, a alta foi de 1,4%, e até o vencimento para janeiro de 2021, as cotações estão acima dos R$ 60.

No exterior, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou nova piora das condições das lavouras norte-americanas de milho. As em excelentes ou boas condições recuaram de 64% para 62% e ficaram levemente acima do projetado por analistas consultados pela Reuters. Em Chicago, os preços reagem em baixa ao relatório do USDA.

Soja: preços firmes no Brasil com dólar e Chicago se valorizando

A consultoria Safras & Mercado reportou preços firmes entre estáveis e mais altos nas principais praças do país. Apesar da alta em Chicago e do dólar ante o real, o dia teve poucos negócios, e o cenário de pouca disponibilidade da oleaginosa no país se mantém. Em Passo Fundo (RS), o preço se manteve em R$ 140 e no Porto de Paranaguá (PR) passou de R$ 135 para R$ 138,50. O indicador do Cepea para o porto ficou em R$ 137,76, renovamente também a máxima histórica da série.

Nos Estados Unidos, o USDA divulgou que as lavouras em excelentes ou boas condições recuaram de 69% para 66%, dentro do esperado pelo mercado. O vencimento para novembro antecipou a piora das condições e também reagiu às previsões de clima seco, dessa forma, subiu 3 cents, ou 0,32%, para US$ 9,5350 por bushel.

No Exterior: Atividade econômica reagindo na China e taxa de desemprego na Europa no radar do mercado

O Índice dos Gerentes de Compras (PMI) do setor industrial da China em agosto veio acima do projetado pelo mercado e ficou em 53,1. Foi o quarto resultado consecutivo a mostrar expansão da indústria (leitura acima de 50) no país. A moeda chinesa, Yuan, reagiu com alta ante o dólar.

A taxa de desemprego na Zona do Euro passou de 7,7% em junho para 7,9% em julho e mostra a dificuldade da retomada econômica na região. Ainda assim, o resultado ficou levemente melhor que as expectativas e gera reação mista no mercado europeu.

Nos EUA, mercado monitora índices de atividade da indústria de agosto para medir a capacidade de reação da economia americana.

No Brasil: PIB do segundo trimestre e balança comercial de agosto na agenda; Governo deve apresentar prorrogação do auxílio

A agenda econômica tem como destaques hoje o PIB do segundo trimestre que mostrará expressiva contração da economia brasileira concentrando os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Por outro lado, a balança comercial de agosto deve mostrar novo saldo positivo relevante com destaque para os produtos agropecuários.

O presidente Jair Bolsonaro se reúne hoje com líderes do Congresso Nacional e pode apresentar a proposta do programa Renda Brasil. Bolsonaro também deve apresentar formalmente a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro com parcelas de R$ 300.

Ontem, segunda-feira, 31, o Governo enviou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária para 2021 (PLOA). A proposta definiu que as despesas extraordinárias em decorrência da pandemia ficarão restritas a 2020.