As notícias para a terça-feira

Boi: contrato para outubro na B3 tem maior valor de fechamento desde que começou a ser negociado e atinge R$ 224,50 por arroba

O contrato para outubro do Boi Gordo na B3 atingiu o maior valor de fechamento desde que o contrato passou a ser negociado e ficou em R$ 224,50 por arroba. O recorde anterior havia sido registrado em 21 de novembro de 2019, com o preço em R$ 223,90, sendo que a máxima intradiária do contrato também foi registrada neste dia, em R$ 230.

O indicador Cepea/B3 teve ligeiro recuo e ficou em R$ 227,80. As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada bateram novo recorde mensal e marcaram o melhor julho da história da série, de acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume embarcado ficou em 169,25 mil toneladas, sendo o segundo melhor mês de toda a série histórica e muito próximo do recorde atual registrado em outubro de 2019, que teve embarque de 170,55 mil toneladas.

Milho: indicador Cepea/Esalq/BM&FBovespa atinge maior preço desde meados de abril em plena colheita da safrinha

O indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa, com base de preços de Campinas/SP, subiu pelo quarto dia consecutivo, cotado a R$ 51,29, maior valor desde o dia 17 de abril. O contrato com vencimento em setembro na B3 segue em disparada e registrando valores máximos para o vencimento, sendo que no maior preço do dia, a cotação chegou a R$ 52,76 por saca.

De acordo com a Agrifatto Consultoria, as exportações do cereal ganharam força em julho, apesar da disputa com o mercado interno e consequente elevação dos prêmios nos portos. Foram 4,15 milhões de toneladas embarcadas no mês, ainda bastante abaixo de julho do ano passado com 5,92 milhões, mas com aumento expressivo em relação a junho deste ano, que havia embarcado apenas 348,12 mil toneladas.

Soja: escalada de preços continua e porto de Paranaguá já tem negócios acima de R$ 120 por saca

A escala de preços segue firme e o indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá bateu novo recorde histórico, cotado a R$ 120,14 por saca. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a oleaginosa brasileira foi impulsionada pela combinação entre forte valorização do dólar, alta em Chicago e prêmios firmes nos portos. No Porto de Rio Grande, a consultoria registrou forte avanço e também novo recorde, com o preço passando de R$ 122 para R$ 126 por saca. As exportações marcaram também o melhor julho da série histórica com 10,37 milhões de toneladas embarcadas.

Em Chicago, o anúncio de novas vendas externas da soja americana impulsionou as cotações, de forma que apenas o clima mais favorável às lavouras americanas foi capaz de limitar as altas e impedir fechamento nas máximas do dia. No pré-mercado de hoje, os preços ficam pressionados com nova melhora das condições das lavouras americanas de soja apontada no relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). As lavouras em condições boas ou excelentes tiveram aumento de 1 ponto percentual para 73% e ficaram acima do projetado por analistas consultados pela Reuters.

No Exterior: mercado monitora avanço do pacote de estímulos nos EUA

O mercado segue monitorando os avanços das negociações em torno do novo pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos. Ontem, já com os mercados fechados, o Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, relatou “alguns progressos” nas negociações com membros do Partido Democrata. O avanço do pacote pode trazer novo impulso para as bolsas globais. Com as eleições americanas se aproximando, a negociação fica mais complicada e pode ser necessário que o governo de Donald Trump adote medidas unilaterais caso não se chegue a um acordo.                      

No Brasil: dólar volta a ficar acima de R$ 5,30 com movimento global de fortalecimento da moeda americana

O dólar voltou a ficar acima de R$ 5,30, em alta de 1,8%, impulsionado por movimento global de fortalecimento da moeda americana, após as quedas observadas na segunda quinzena de julho. O mercado avalia que o avanço de casos de coronavírus nos EUA foi o principal fator a gerar fraqueza do dólar ante outras moedas no final do mês passado.

Pois, novas medidas restritivas poderiam trazer dificuldades de crescimento econômico nos Estados Unidos, enquanto que países europeus e asiáticos poderiam ter recuperação mais rápida. Porém, ontem, dia 03, esse movimento de queda global do dólar foi interrompido com uma correção causada pelo aumento da percepção de risco e busca pela segurança da moeda americana.

Dessa forma, as moedas emergentes, como o real, sentem bastante o impacto e se desvalorizam. O destaque da agenda brasileira hoje é a divulgação da produção industrial de junho e apesar da estimativa positiva dos analistas consultados pela Bloomberg, a expectativa é que o resultado não altere as projeções de nova redução da taxa Selic.