As notícias para a segunda-feira

Boi: virada do mês gera novas valorizações na arroba

A passagem entre agosto e setembro traz melhora sazonal das vendas no varejo com a entrada dos salários para os consumidores, e gera pressão adicional para a arroba. Na B3, os contratos mais longos voltaram a rondar os R$ 240 com o novembro tendo ajuste em R$ 239,75 e o dezembro em R$ 240,45. O vencimento mais negociado, para outubro, teve ajuste em R$ 237,95, alta diária de 0,32%.

O indicador do Cepea do boi gordo voltou a registrar o maior valor da série histórica e ficou cotado em R$ 236,65 a arroba, uma alta superior a 1,0% no dia. No ano, o indicador acumula uma alta de 14,4% e de 3,7% em agosto. No mercado de reposição em Mato Grosso do Sul, o índice de preços do Cepea também teve recorde renovado e o bezerro passou a ser cotado em R$ 2196,95 por cabeça, superando os 45% de valorização no ano.

Milho: mercado segue sustentado apesar da queda do dólar

O mercado físico brasileiro seguiu sustentado apesar da expressiva queda do dólar de 2,92%, ficando cotado a R$ 5,4152. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços seguem em alta em todas as praças, sendo que a possibilidade de suspender a Tarifa Externa Comum (TEC) tem efeito muito mais psicológico em relação às cotações. A única opção para o mercado brasileiro fora do Mercosul é o milho norte-americano. Porém, na análise da consultoria, o grão dos EUA chega custando R$ 63 CIF no porto brasileiro, além do frete interno.

Na B3, o movimento de realização dos lucros continuou no final da semana e a curva recuou em média 0,50%. O contrato para outubro teve o terceiro dia de ajuste negativo e ficou cotado em R$ 59,65. O indicador do Cepea, por outro lado, avançou mais um pouco e engatou o vigésimo terceiro dia de alta, cotado a R$ 60,97 a saca.

Soja: saca chega a R$ 140 em Passo Fundo (RS), diz Safras

A consultoria Safras & Mercado registrou novo avanço dos preços em Passo Fundo (RS) e a saca ficou cotada a R$ 140. Porém, com a grande queda do dólar em relação ao real, o movimento predominante foi de queda, ainda que pequena, no mercado físico brasileiro. A falta de oferta da oleaginosa no país impede maior recuo dos preços.

Em Chicago, a semana se encerrou com novas altas com o vencimento de novembro da soja passando os US$ 9,50 por bushel, uma alta diária de 8,50 cents, ou 0,90%. O mercado já antecipa a possibilidade de piora das lavouras norte-americanas, que será divulgada hoje pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Suínos: preços alcançam maior valor da série histórica do Cepea

O bom volume de exportações para a China segue pressionando os preços do suíno no Brasil. No indicador do Cepea, o preço médio do animal vivo a retirar no sul do País chegou a R$ 7,0 o quilo. Na média de preços entre São Paulo e Minas Gerais, o preço posto na indústria chegou a R$ 7,75. Ambos são os maiores valores das respectivas séries históricas. Com isso, apenas no segundo semestre, a alta acumulada chegou a 65,8% no Sul e a 53,8% em São Paulo e Minas Gerais.

No Exterior: Mudança de política do Banco Central dos EUA ainda sustenta otimismo dos mercados globais

A semana se inicia com otimismo estendido após mudança na quinta-feira passada, dia 27 de agosto, na estratégia de condução da política monetária pelo Banco Central dos EUA. O índice S&P 500 teve o maior valor histórico de fechamento pelo sexto pregão consecutivo e foi acompanhado por recorde também no Nasdaq.

A atividade econômica na China continua a se expandir. O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) da indústria passou de 51,1 em julho para 51,0 em agosto, indicando expansão de 1,0% do setor na passagem de mês (valores acima de 50 representam expansão). O resultado ficou ligeiramente abaixo do esperado, mas ainda indica crescimento da indústria no país.                        

No Brasil: agenda econômica e política cheia na semana pode trazer volatilidade ao câmbio

A agenda econômica e política está cheia no Brasil nesta semana. Em relação à primeira, teremos o resultado do PIB do segundo trimestre, a produção industrial de julho, resultados fiscais e a balança comercial do mês de agosto. Quanto à segunda, destaque para o envio do Orçamento de 2021 pelo governo ao Congresso que está marcado para hoje. Para amanhã, é esperada a proposta de prorrogação do auxílio emergencial até dezembro deste ano. Por fim, também está prevista a análise de vetos presidenciais com importantes impactos na política fiscal e votação do marco do gás.

O mercado seguirá acompanhando de perto a dinâmica da atividade econômica no país e a relação política do governo do presidente Jair Bolsonaro com o Congresso Nacional. O dólar pode ter semana volátil a partir dos resultados divulgados.