As notícias para a quarta-feira

Boi: futuros na B3 encostam em R$ 285 por arroba

Os contratos futuros do boi gordo na B3 seguiram em trajetória altista e já se aproximam de R$ 285 por arroba. O ajuste do vencimento para novembro passou de R$ 282,20 para R$ 284,70 e o de dezembro passou de R$ 281,55 para R$ 284,75. Dessa maneira, ambos acumulam uma alta superior a 10% no mês de outubro.

O indicador do Cepea segue renovando suas máximas históricas com a cotação do boi gordo subindo de R$ 264,30 para R$ 266,45 por arroba. A Scot Consultoria já registra negócios pontuais a R$ 270 por arroba para as boiadas que atendem o mercado de exportação.

Milho: contrato para janeiro na bolsa brasileira supera R$ 80 por saca

As cotações do milho tiveram novamente um expressivo avanço no mercado futuro com a curva subindo acima de 2% em praticamente todos os contratos negociados. O vencimento para janeiro de 2021, o segundo mais negociado atualmente, superou os R$ 80 por saca e teve ajuste em R$ 80,04. O novembro, o mais negociado, teve ajuste próximo desse patamar em R$ 79,92.

O indicador do milho do Cepea engatou o décimo quinto dia consecutivo de alta e renovou seu recorde histórico. Os preços passaram de R$ 71,49 para R$ 73,33 por saca. Com isso, já acumulam uma alta de 15,2% em outubro e de 50,8% em 2020. Além da retenção da oferta por parte dos vendedores, o mercado começa a ser pressionado pela falta de chuvas que estão atrasando o plantio da safra verão em algumas regiões produtoras.

Soja: preço chega a R$ 169 em Cascavel no Paraná

De acordo com o levantamento diário da consultoria Safras & Mercado, o preço da saca de soja chegou a R$ 169 em Cascavel no Paraná. O mercado que já tem apresentado lentidão em virtude da escassez do produto no Brasil, ficou ainda mais travado com o retorno das chuvas que fazem o produtor focar no plantio. Com o dólar volátil, mas com ligeira alta e nova elevação dos preços em Chicago, as cotações tiveram pressão positiva no mercado brasileiro.

A boa demanda externa pela soja norte-americana segue impulsionando as cotações em Chicago. Dessa forma, o contrato para novembro tenta novo avanço para romper a máxima do ano situada próxima dos US$ 10,80 por bushel atualmente.

Café: cotações chegam ao menor patamar em 3 meses em Nova York

A pressão de baixa segue dando o tom dos negócios para o café arábica na Bolsa de Nova York. Após alguns dias testando o nível de US$ 1,06 por libra-peso, o vencimento para dezembro rompeu este patamar e chegou ao menor nível em 3 meses. De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Gil Barabach, a melhora das condições das lavouras do Brasil após as chuvas tem pressionado o mercado.

No Exterior: acordo nos EUA evolui, anima mercados, mas ainda não está fechado

O mercado ficou mais otimista ontem, terça-feira, 20, com um acordo por mais estímulos nos Estados Unidos. As negociações ainda não foram encerradas, mas o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, afirmou que a oferta será de US$ 1,8 trilhão. A dúvida agora é se o Senado, de maioria republicana, aceitará a proposta, pois segue contrário às cifras pretendidas pelos democratas, de cerca de US$ 2,2 trilhões. Os investidores monitoram ainda a redução da vantagem do candidato democrata, Joe Biden, em pesquisas mais recentes.

Na Europa, o pessimismo ganha terreno com o crescente aumento de casos de coronavírus na região. As potenciais medidas de restrição podem piorar o cenário de incerteza em relação à retomada da economia.

No Brasil: alívio fiscal sustenta bolsa acima dos 100 mil pontos

A bolsa brasileira não fechava acima dos 100 mil pontos desde o dia 17 de setembro. Com a melhora dos discursos de alguns membros do Governo e do Congresso em relação à questão fiscal, o mercado brasileiro seguiu em recuperação. Outro ponto favorável foi a notícia de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve devolver cerca de R$ 100 bilhões ao Tesouro Nacional. Essa operação reforça o caixa e dá fôlego ao Tesouro na gestão da dívida brasileira.