Os analistas de mercado estão divididos em relação à possibilidade de a saca do milho atingir o patamar dos R$ 50. A T&F Consultoria Agroeconômica consultou dois dos principais, com opiniões contrárias: um dizia que os preços vão cair com a entrada da safra gaúcha em Dezembro, dentro de 45 dias.
Já o outro especialista consultado pela T&F sustenta que, mesmo com esse reforço da oferta, os preços têm chance de subir, dependendo da posição dos grandes compradores internos. “Se algum deles estiver mal posicionado (curto de estoques) os preços podem realmente subir muito. Não há, portanto, uma certeza”, afirma a Consultoria.
“A safra de verão será curta e, antes que ingresse a Safrinha, realmente poderá faltar milho, se o ritmo das exportações continuar forte, como tem sido até agora. Nós, da T&F, acreditamos que há mais chance de alta do que de queda, a médio e longo prazos, baseado na demanda internacional por milho brasileiro e na demanda internacional por carne brasileira”, concluem os analistas.
CLIMA
No Brasil, os mapas climáticos continuam sendo a maior preocupação dos produtores rurais. De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, desde o começo de novembro um padrão instável se estabeleceu sobre todo o país:
“Regiões estratificadas se beneficiaram de chuvas, enquanto outros municípios sofreram com estiagens prolongadas, principalmente no Paraná e Mato Grosso do Sul. As previsões atualizadas para os próximos 15 dias trazem a consolidação de um padrão benéfico para toda a região sojicultora do Brasil e Paraguai. Até o dia 4 de dezembro, totais pluviométricos entre 60-120mm acumulados deverão regar desde o Rio Grande do Sul até o centro do Maranhão”.
A ARC lembra que apesar das dificuldades com o estabelecimento do plantio devido ao atraso das chuvas em algumas localidades, o padrão climático para dezembro é quem ditará a saúde inicial da safra-verão 2019/2020. “Clientes da ARC no oeste da Bahia e o sul do Piauí nos alertam que em outros anos, quando as precipitações apresentaram atrasos no estabelecimento inicial, as produtividades finais vieram satisfatórias. Pelo contrato, no Mato Grosso do Sul e Paraná, nossa clientela nos alerta sobre a possibilidade da pior safra da história de ambos os estados. O determinante será o desenvolvimento nestas próximas semanas.