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Análise foliar pode apontar caminho para recuperar produtividade da lavoura

O verde dos brotos é um dos sinais de que as plantas estão bem nutridas. Mas um simples olhar não basta. Só uma análise mais aprofundada das folhas pode apontar para o produtor se o manejo no solo foi correto.
Além de ajudar a melhorar a produtividade, a análise foliar também pode permitir economia ao exigir que o produtor aplique somente o que a planta está precisando, sem excesso.

Igor Morais administra uma fazenda em Taquarivaí (SP) com quase seis mil hectares plantados com feijão e soja. O investimento em análise foliar é comum na propriedade. Igor explica que recentemente foi identificada uma deficiência de manganês e, a partir do resultado da análise, foi possível corrigir o problema na mesma safra.

Uma amostra de análise da folha sai em média por R$ 60. Apesar do custo baixo, o recurso ainda é pouco procurado por pequenos produtores. Em Itapeva (SP), um laboratório faz esse tipo de análise e os laudos ficam prontos em até 10 dias.

O engenheiro agrônomo Nelson Schreiner explica que, na agricultura, o primeiro exame é a análise de solo. Depois, a análise foliar tem o papel de checar se o planejamento deu certo, deixando a planta com os nutrientes necessários.

São várias etapas até chegar ao diagnóstico. As folhas são lavadas para eliminar impurezas. Depois de secas e moídas, são colocados reagentes para extrair os nutrientes, que são calculados em uma máquina.
Schreiner diz que o impacto da análise de folhas e de solo é insignificante no custo de produção diante do benefício que traz para a lavoura.

O engenheiro agrônomo Luiz Carlos de Carvalho é um dos criadores de uma ferramenta que ajuda o produtor rural com uma plataforma virtual chamada de CND ou diagnóstico de composição nutricional. Com base nos números apontados no laudo da análise foliar, gráficos mostram de maneira simples se a nutrição está equilibrada ou não.

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