A alta do dólar acabou valorizando os preços do milho, segundo pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, todas essas informações tem como motivação a peste suína africana que atingiu o continente asiático.
“Os aumentos expressivos nas exportações de milho e de carnes, com a abertura de novos mercados e por conta da crise de abastecimento ocasionada pelo surto de peste suína, em toda a Ásia (não apenas na China), estão forçando para cima as cotações do grão no Brasil. Mesmo que, no mercado interno, os compradores estejam controlando suas compras, tentando conter a subida dos preços, as cotações estão em tendência de alta”, indica.
Além disso, a maioria dos vendedores está focada no plantio das safras de verão e, diante da expectativa de alta do preço, decidiram também ficar fora do mercado, forçando a alta. “Com isto, aliado ao movimento ascendente do dólar nas duas últimas sessões fizeram com que a média dos preços apurados pelo Cepea registrassem alta de 1,13%, a R$ 41,914, na região de Campinas, principal fonte de referência do milho brasileiro”, completa.
“No Rio Grande do Sul, operadores continuam indicando não terem ocorrido negócios relevantes. Os preços do milho futuro, CIF, na região de Santa Cruz do Sul, se mantiveram em R$ 41,00 e na região da Serra, o preço, FOB, também ficaram estáveis, em R$ 42,00. No Paraná, nas regiões dos Campos Gerais, os negócios reportados se mantiveram na faixa de R$ 40,00, disponível, nas fabricas e também em R$40,00, no futuro, subindo R$2,00 e permaneceram R$38,00, no futuro, na fazenda. No porto os preços subiram para R$ 38,00, no futuro, com pagamento para dezembro”, conclui.