Cientistas da Universidade de Ciência de Tóquio, no Japão, descobriram uma nova maneira de regenerar os tecidos vegetais, sendo que a regeneração de plantas ocorre através da formação de uma massa de células pluripotentes. Nesse cenário, a pluripotência envolve o silenciamento gênico para eliminar a memória original do tecido e a ativação para ativação por entrada externa.
Usando Arabidopsis thaliana, o diretor de pesquisa Sachihiro Matsunaga e sua equipe estudaram as modificações histônicas ao longo do genoma. As histonas são proteínas que empacotam o DNA eucariótico, impedindo que ele seja transcrito ou decodificado. No entanto, após a modificação, a aderência dessas proteínas ao redor da molécula de DNA foi mais solta, o que facilitou a transcrição do DNA.
Os cientistas descobriram que é a desmetilação (a remoção de um grupo metil do aminoácido) da histona H3 pela enzima LDL3 confere competência regenerativa à planta. Esse mecanismo epigenético permite que as células pluripotentes da planta retornem ao seu estado unipotente e, portanto, assumam a identidade dos meristemas do surto para tecidos diferenciados, incluindo folhas e caules.
Como não são necessárias sementes para cultivar essas plantas, isso pode ajudar os cientistas a cultivar plantas mais rapidamente sem florescer. “Ao fortalecer a capacidade de reprodução das plantas, mesmo sem sementes, é possível aumentar o número de plantas clonais com apenas folhas, caules e partes da raiz. Ele pode resolver problemas ambientais promovendo o greening e resolvendo o problema alimentar global, aumentando a produção de grãos e vegetais”, explica Matsunaga.