Valor representa alta de 3% na comparação com os três primeiros meses da safra passada
O volume de contratações de crédito rural em linhas financiadas pelo Governo Federal nos três primeiros meses da safra 2019/20 soma R$ 59 bilhões, alta de 3% na comparação com a safra passada (2018/2019). Os dados constam no Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2019/2020, divulgado nesta sexta-feira, 11 de outubro, pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
As operações de custeio somaram R$ 35,9 bilhões (avanço de 4%), investimento, R$ 11,9 bilhões (crescimento de 8%), comercialização, R$ 6,3 bilhões (queda de 28%) e as de industrialização, R$ 4,7 bilhões (alta de 60%). Entre as operações de custeio, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) teve o melhor desempenho (avanço de 29%). Para essa finalidade, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) apresentou 14% de crescimento nas contratações e o crédito de custeio aos demais produtores registrou queda de 5%.
Entre as contratações voltadas para investimento, o aumento representou R$ 841 milhões a mais. Destacam-se os programas de investimento ABC (Agricultura Emissão de Baixo Carbono) e o Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária) por apresentarem o maior nível de desembolso no primeiro trimestre da safra (39% e 36%, respectivamente).
Agricultura Familiar
No Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), mais de R$ 10 bilhões foram contratados. O valor contratado representou 32,5% dos R$ 31,2 bilhões disponibilizados no início da safra.
Em termos nominais, a safra 2019/20 apresenta aumento superior a R$ 1,27 bilhão no Pronaf, quando comparado com igual período da safra anterior (2018/19), ou acréscimo de 14,42%.
Entre os destaques, estão o aumento no Pronaf Mais Alimentos (de R$ 466,2 milhões), que representa um crescimento de 21,35% em relação ao mesmo período da safra anterior.
Quando se compara a quantidade de operações (453.339 no primeiro trimestre da safra 2019/20), houve decréscimo de -0,64%, resultado da redução de -2% no custeio e de -12% na industrialização – amenizados pela variação positiva de 0,5% nas contratações para investimento.