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Por que milho brasileiro ainda não decolou?

Nos Estados Unidos o ritmo de exportações segue forte, e estoque podem ser os mais baixos em 10 anos

O ritmo das exportações brasileiras de milho aumentaram na comparação com o ano passado, mas ainda não está sendo suficiente para escoar todo o produto, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. Isso está ocorrendo, de acordo com os analistas de mercado, porque o preço oferecido pelos exportadores não satisfaz os vendedores.

“As exportações aumentaram no Brasil, mas a pressão da oferta interna mantém os preços achatados. Os preços internos do milho permaneceram absolutamente inalterados em R$ 90,00/saca no Rio Grande do Sul, a R$ 87,00 em Santa Catarina e subiram 2,4% no Paraná, passando de R$ 83,00 FOB para R$ 85,00 FOB nesta sexta-feira. Na B3, a cotação de setembro recuou de R$ 87,77 em 09/08/22 para R$ 83,79 nesta sexta-feira, queda de 4,55%”, apontam os especialistas.

E NOS EUA?

A Consultoria AgResource Brasil estima que as exportações oficiais de milho dos Estados Unidos em agosto fique em 121 milhões de bushels. Isso coloca as exportações finais de milho em 21/22 em 2.463 bilhões, sendo 13 milhões acima da previsão de agosto do WASDE (relatório de oferta e demanda do USDA, Departamento de Agricultura dos EUA). 

“No entanto, o foco do mercado permanece no fornecimento até o início de outubro. A AgResource espera que a relação do Censo-FGIS retorne a partir de setembro, à medida que a demanda canadense diminui. A AgResource está de acordo com a demanda de exportação de milho dos EUA irá reduzir em 100 a 150 milhões de bushels em 23/22 em meio à ausência da China e à produção brasileira recorde”, conclui a Consultoria.

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