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Não venda todo seu milho agora

Confira o que mexe no preço do milho nessa semana

As preços do milho no Brasil têm “um excelente potencial de alta, de aproximadamente R$ 20,00/saca, a partir do momento que a exportação se torne mais agressiva”. Essa é a projeção da equipe de analistas da Consultoria TF Agroeconômica, segundo o qual as vendas externas estão já acontecendo, porém de forma “tímida”. 

“Em nossa opinião, o agricultor deve vender aos poucos, o necessário para sua sobrevivência, porque o preço mais elevado virá mais tarde”, afirma o analista sênior da TF Agroeconômica, Luiz Pacheco. Confira o que mexe no preço do milho:

FATORES DE ALTA

*Quebra nas safras dos EUA: O relatório Pro Farmer descreveu a situação do milho nos EUA como a pior condição desde 2013.

*Forte demanda subjacente da China e da Europa – tanto em grão, como em carnes, que demanda milho. A União Europeia reduziu sua estimativa de produção de milho de 65,8 MT para 59,3 MT, citando o calor e a seca prolongados, E aumentou a sua estimativa de importações de 16 para 20 MT, por enquanto.

*Recuo nos custos de produção: O Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) medido pela Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) fechou julho com queda de 2,03%, representando o segundo mês consecutivo no campo negativo. Segundo a entidade, em nota, o principal fator foi a queda do custo dos fertilizantes, mais uma vez.

FATORES DE BAIXA

*Pressão da colheita da Safrinha no Brasil e no Paraguai. A produção de milho no Brasil foi 31,7 milhões de toneladas maior do que a safa passada, que quebrou. Mas, se considerarmos somente a Safrinha, ela foi 43,9% maior, segundo dados da Conab, de agosto. Tudo isto pesou sobre os preços, enquanto a exportação não deslanchava, o que parece ter acontecido neste mês e deverá continuar no segundo semestre de 2022

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