O mercado da soja registra boas altas na manhã desta terça-feira (9) na Bolsa de Chicago. Os preços não só vinham se recuperando das últimas baixas como encontraram combustível na redução do índice de lavouras em boas ou excelentes condições reportado ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu boletim semanal de acompanhamento de safras.
Assim, perto de 7h55 (horário de Brasília), os futuros da commodity subiam de 23 a 28,25 pontos, com o contrato novembro de volta aos US$ 14,25 e o janeiro sendo cotado a US$ 14,32 por bushel.
O índice passou de 60% para 59% de lavouras em boas ou excelentes condições, bem como esperava o mercado para esta semana. O USDA informa também que 30% dos campos estão em condição regular, contra 29% da semana passada, e 11% em condições ruins ou muito ruins, sem alteração.
89% dos campos de soja estão em fase de florescimento, contra 79% da semana anterior, 90% do ano passado e 88% de média plurianual. Já sem estágio de formação de vagens estão 61% das lavouras, contra 44% na comparação semanal, 70% na anual e diante de 66% de média.
Assim, estão reforçadas as expectativas de que o USDA poderia vir a reduzir a produtividade não só da soja, mas também do milho em seu boletim mensal de oferta e demanda que chega nesta sexta, dia 12. As lavouras americanas têm gradativamente perdendo força por conta, principalmente, da seca no oeste do Corn Belt.
“As condições novamente caíram no Norte, nas Planícies, em Iowa e em parte do Delta. As condições melhoraram no Leste do cinturão. O Crop Condition Index (CCI) do milho caiu 7 pontos e da soja caiu 3 pontos. Para soja o CCI está em linha com o ano passado em 353 pontos e para o milho é o pior CCI em 5 anos – mais baixo que 2019, ano de grande atraso de plantio”, explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
E os mapas para os próximos dias continuam indicando uma manutenção das precipitações mais volumosas ainda concentras no leste dos Estados Unidos, com apenas algumas chuvas esparsas chegando ao norte e oeste do país.
As altas da soja em grão são apoiadas também pelos derivados, já que hoje sobe não só o óleo, mas também o farelo na CBOT, com altas superiores a 2%. O mercado acompanha também o avanço do milho e do trigo na CBOT, que testam ganhos expressivos na manhã desta terça.
Paralelamente, permanece a atenção sobre os cenários macroeconômico e geopolítico, bem como ao comportamento da demanda chinesa.