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Fertilizante que custa R$ 0,27/g vai mudar o mercado

Novo fertilizantes, desenvolvido no Brasil, com material biodegradável pode ajudar a fertilizar as mudas de plantas e será ótimo propulsor da economia agrária, entenda!

Parceria realizada entre a UFSCAR e a USP possibilitou uma descoberta que pode mudar toda a economia agrária e otimizar o agronegócio do Brasil. Outra vantagem: o custo é baixo – cerca de R$ 0,27 por grama de embalagem -, algo interessante e viável para pequenos produtores de agricultura familiar.

Estudantes e pesquisadores que fazem parte da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP), criaram um novo fertilizante que usa como matéria prima principal a celulose de cana-de-açúcar, cujo objetivo é usar materiais biodegradáveis para que haja uma exposição lenta ao solo e decomposição suficiente para o crescimento mais acelerado de plantas.

Quando esse material for utilizado em alta escala pelos agricultores, será possível diminuir uma parte da dependência que o Brasil possui quanto ao uso de fertilizantes que são importados da Rússia. Desde que houve o estouro da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, os preços inflaram, prejudicando o pequeno consumidor e cultivador de sua terra.

Como é feito esse material biodegradável?

Esse material biodegradável pode ser feito apenas utilizando a fibra da celulose à base de cana-de-açúcar, que faz parte da cultura agrária de nosso país. Em suma, ela conta com alguns nutrientes que são essenciais para que haja um desenvolvimento mais rápido de mudas sobre o solo, sendo o nitrogênio, fósforo e o potássio.

Esses materiais conseguem sofrer com processos de decomposição natural quando entram em contato com o meio ambiente, não deixando nenhum tipo de ácido ou metal pesado sobre a terra, o que pode, consequentemente, fazer com que ela se torne mais produtiva.

Logo depois que o produto foi criado, a invenção foi enviada para o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). E, para quem pode estar achando que vai sair caro, segundo a Universidade Federal de São Paulo, sua produção está por volta de R$ 0,27/g, justamente porque leva na composição apenas itens que já fazem parte da agricultura brasileira, sem necessidade que se sofra tanto as variações das commodities no momento que a compra for efetuada.

O método para obtenção é simples, pois o bagaço da cana – matéria-prima abundante e de baixo custo – tem de 40 a 44% de celulose para extração. Além disso, o processo de produção não usa solventes e não gera resíduos. Após esta etapa, são incorporados os macronutrientes – a quantidade exata de cada um varia de acordo com a demanda da planta, sendo, portanto, um material modulável e que evita desperdícios.

O produto permite, também, a inserção de micronutrientes, como magnésio, cobre, ferro e zinco, importantes em menor quantidade e em outras etapas de crescimento, sendo necessários estudos prévios e detalhados de cada espécie.

E, por ser biodegradável, em cerca de 45 dias o material sofre decomposição natural, sem impacto ao ambiente ou prejuízos às plantas. “Geralmente, em um estágio de 40 dias, elas já criaram novas raízes e, assim, suporte para seguirem crescendo dali em diante”, relata a docente da UFSCar.

Atualmente, esse processo de nutrição é feito com fertilizantes inseridos de forma manual, no solo. “O agricultor já insere nutrientes em excesso, pois são sais solúveis e, com chuvas, podem ser levados para rios e lagos. Isso gera, além de desperdícios, perdas econômicas e ambientais”, analisa a orientadora.

Outra vantagem: o custo é baixo – cerca de R$ 0,27 por grama de embalagem -, algo interessante e viável para pequenos produtores de agricultura familiar.

A criação deste fertilizante teria sido inspirada em uma obra de doutorado, de Lucas Luiz Messa, doutor em Engenharia e Ciência de Materiais pela USP, campus de Pirassununga. Lucas teria recebido o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para que se mantivesse no campo da ciência através de bolsas. Atualmente, ele faz parte da docência do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar) do Campus Araras da UFSCar.

Não vai precisar fazer o uso de nenhum tipo de solvente e não há descarte de materiais ruins para o meio ambiente durante a produção

Um dos lados positivos, de acordo com o doutor, é que a criação deste componente biodegradável não exige que haja o uso de solventes, evitando que sejam despejados no esgoto e causar problemas ambientais a peixes e água.

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Em um formato de folha, como se fosse um pedaço de papel, não é necessário que se haja a conservação através do plástico, podendo até mesmo usar o material como sacola e depois o dispensar nas colheitas, onde vai fornecer muitos nutrientes para o solo, deixando-o bem mais rico e nutrido.

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