O mercado da soja na Bolsa de Chicago segue operando em campo positivo nesta sexta-feira (24), recuperando parte das baixas intensas que registrou durante a semana e vem intenficando seus ganhos na tarde de hoje. Perto de 14h40 (horário de Brasília), as altas entre as posições mais negociadas eram de 12 a 20,50 pontos, levando o julho a US$ 16,13 e o setembro a US$ 14,47 por bushel.
A recuperação parcial não passa só pela soja em grão, mas chega também aos futuros do farelo – que subiam pouco mais de 0,9% nas posições mais negociadas – e do óleo de soja, que tinha ganho de 1,88% no primeiro vencimento, que era negociado a 65,08 cents de dólar por libra-peso. No milho negociado na CBOT, a alta passava de 3%.
Os traders parecem tomar um fôlego depois das perdas dos últimos dias, principalmente após o recuo de mais de 4% na sessão desta quinta-feira (24). Ainda assim, as atenções sobre as movimentações do financeiro, cruzando com os fundamentos, em especial o da demanda neste momento. E os futuros não caíram só em Chicago, mas também na Bolsa de Dalian.
A China permanece com o “freio de mão puxado” para o consumo de soja e derivados, com estoques do grão e de farelo tendo crescido expressivamente no país nos últimos três meses frente à política de tolerância zero contra a Covid-19 no país.
No boletim semanal de vendas para exportação desta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou um cancelamento de compras por parte dos chineses de 198 mil toneladas de soja 2021/22. Ainda assim, as vendas da safra velha ficaram dentro do esperado, com 29,3 mil toneladas para a semana encerrada no último dia 16.
Apesar de toda atenção à economia global e seu crescimento comprometido, ao conflito entre Rússia e Ucrânia, o financeiro completamente avesso ao risco, o monitoramento do clima no Corn Belt e das lavouras americanas continua.