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Greve de servidores do Banco Central dificulta criação do Plano Safra 22/23

Profissionais do BC e do Tesouro estão paralisados desde maio; nova ação de crédito rural perdeu agilidade, mas governo descarta a hipótese de atraso na divulgação.

A greve de servidores do Banco Central e do Tesouro Nacional está dificultando os trabalhos de criação e desenvolvimento do Plano Safra 22/23. A meta é que as novas regras para contratação de crédito rural sejam anunciadas na segunda quinzena de junho. Porém, a escassez de profissionais por conta da paralisação está deixando o processo mais lento que o desejado.

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos, me garantiu que a construção do novo Plano Safra não está parada, mas confirmou que a greve tirou agilidade dos estudos. Ainda que a agilidade tenha sido perdida, está descartada a hipótese de atraso na divulgação, me disse Bastos, que comanda a política agrícola no Brasil.

É prematuro mesmo concluir que esse cenário de servidores parados empurrará a divulgação do Plano Safra para julho. Creio que os novos dados serão conhecidos ainda neste mês, mesmo que seja no último dia. É uma tradição fazer a cerimônia de lançamento em junho.

Quebrar o marco histórico, especialmente em ano de eleição, não pegaria bem. Até o momento, o governo tenta buscar recursos para garantir volume adicional para os financiamentos agrícolas com taxas de juros abaixo de 10% ao ano para a nova temporada. Nos resta esperar e torcer para conhecer os novos parâmetros para contratação de crédito ainda neste mês. Só assim teremos previsibilidade, fator esse que é fundamental, especialmente em tempos tão turbulentos na conjuntura global como os atuais.

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