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Guerra no Leste Europeu pode reduzir produção agropecuária

Desde que o conflito entre Rússia e Ucrânia começou, na semana passada, os preços dos fertilizantes sofreram elevações. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a média da ureia ficou em US$ 642 por tonelada no Porto de Paranaguá (PR), quase US$ 50 a mais.  A alta foi de quase 6% nos fertilizantes somente na semana passada, A Rússia é um dos maiores produtores de fertilizantes do mundo e deve reduzir a produção enquanto a guerra durar. Com isso produtores brasileiros já projetam uma redução na produção pela falta dos produtos e pela alta acumulada de mais de 200% que leva o produtor a plantar menos grãos.

O país importa 85% dos fertilizantes que usa.  Do território russo procedem 20% dos nitrogenados, 28% dos potássicos e 15% dos que têm fósforo em sua composição. A soja, principal commodity brasileira, depende de adubos à base de fósforo e de potássio. O milho depende dos nitrogenados.

Outro impacto pode aparecer no trigo. A Rússia é o maior exportador mundial do grão. Caso decida segurar os estoques os reflexos podem vir na alta de alimentos como o pão e derivados. No entanto, a Abitrigo, detaca que o Brasil importa pouco trigo da Rússia e não deve sofrer com desabastecimento, podendo comprar de outros países.

O conflito também pode impactar em milho e soja. A Ucrânia está entre os quatro maiores exportadores mundiais de milho, atrás de países como Argentina, Brasil e Estados Unidos. Se, de um lado, o produtor brasileiro pode se beneficiar com a alta de preços devido à menor exportação da produção ucraniana, de outro, os produtores de frangos, ovos e suínos sentirão o impacto do custo do milho na ração.

O agronegócio também é impactado pela alta nos combustíveis, reflexo do aumento do barril de petróleo internacional. O barril pode chegar a US$ 150 ou US$ 200, apontou o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie).

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