Boi: oferta restrita ainda impede queda nas cotações
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a baixa disponibilidade da oferta segue sustentando as cotações no mercado físico do boi gordo. Segundo o analista Fernando Iglesias, apesar do avanço das escalas de abate em várias regiões do país, os frigoríficos não conseguem encerrar negociações com preços mais baixos.
Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram nova queda, sendo que apenas o vencimento mais curto teve uma leve alta. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 318,50 para R$ 319,00, do outubro caiu de R$ 320,60 para R$ 317,25 e do novembro, de R$ 323,80 para R$ 319,80 por arroba.
Milho: preço em Campinas (SP) se aproxima de R$ 85 por saca
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), caiu novamente e já se aproxima dos R$ 85 por saca. A cotação variou -1,17% em relação ao dia anterior e passou de R$ 87,27 para R$ 86,25 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 9,66%. Em 12 meses, os preços alcançaram 82,81% de valorização.
Na B3, os contratos futuros do milho subiram pelo segundo dia consecutivo após rondarem os R$ 80 por saca nas pontas mais curtas da curva. O ajuste do vencimento para julho subiu de R$ 81,17 para R$ 81,78, do setembro foi de R$ 81,28 para R$ 82,26 e do março de 2022 passou de R$ 86 para R$ 86,80 por saca.
Soja: saca cai abaixo de R$ 150 em Paranaguá (PR)
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), caiu novamente com a pressão do dólar e ficou abaixo de R$ 150 pela primeira vez desde o dia 28 de dezembro do ano passado. A cotação variou -2,22% em relação ao dia anterior e passou de R$ 152,67 para R$ 149,28 por saca. Dessa maneira, no acumulado do ano, o indicador já desvalorizou 3,0%. Em 12 meses, os preços alcançaram 33,32% de valorização.
Em Chicago, os contratos futuros da soja marcaram o terceiro pregão seguido com desvalorização. O vencimento para novembro, o mais negociado atualmente, recuou 0,66% e passou de US$ 13,002 para US$ 12,916 por bushel. As vendas líquidas da oleaginosa norte-americana apresentaram resultado abaixo do esperado nesta semana.
Café: dólar pesa no mercado brasileiro
Apesar da estabilidade observada em Nova York, a nova forte queda do dólar pressionou negativamente as cotações do mercado brasileiro, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação foi de R$ 820/825 para R$ 810/815, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação passou de R$ 825/830 para R$ 815/820 por saca.
Em Nova York, os contratos futuros do café arábica apresentaram uma pequena queda após vários dias com alta volatilidade nas negociações. O vencimento para setembro recuou 0,32% e passou de US$ 1,539 para US$ 1,534 por libra-peso. O mercado segue atento às previsões climáticas no Brasil e às projeções para a próxima safra.
No Exterior: PIB dos Estados Unidos fica em linha com o esperado no primeiro trimestre
A terceira e última leitura do PIB do primeiro trimestre dos Estados Unidos mostrou crescimento anualizado de 6,4%, e ficou em linha com o projetado pelo mercado e pelas prévias anteriores. Enquanto isso, os pedidos de auxílio-desemprego ficaram novamente piores que o esperado pelos analistas e mostram a dificuldade de recuperação do mercado de trabalho.
Os investidores aguardam hoje a divulgação da inflação ao consumidor de maio medida pelo PCE, índice muito acompanhado pelo Banco Central dos Estados Unidos. No último resultado, a inflação ao consumidor medida pelo CPI, que tem um cálculo diferente do PCE, atingiu 5% na variação anual e chegou ao maior nível em 13 anos.
No Brasil: dólar renova mínima em mais de um ano
O dólar comercial teve novo recuo e renovou a mínima em mais de um ano. A moeda norte-americana caiu 1,17% e fechou o dia cotada a R$ 4,905, chegando ao menor valor desde o dia 9 de junho do ano passado. O Ibovespa teve alta de 0,85% e fechou o dia cotado a 129.513 pontos. A bolsa brasileira seguiu a tendência do mercado externo.
Na agenda econômica de hoje, sexta-feira, 25, os investidores estarão atentos ao resultado do IPCA-15 de junho que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central chegou a discutir uma alta maior de juros, mas afirmou que o mais prudente era esperar por mais dados de inflação.