Os contratos futuros do trigo de Primavera de Mineápolis, no estado norte-americano de Minnesota, alcançaram nesta semana a cotação de US$ 8,4305 por bushel, o que representou o maior valor em oito anos. “E é fácil ver o que está fornecendo esse apoio, dada a seca que ameaça as safras dos principais produtores dos Estados Unidos e Canadá”, aponta Mike Verdin, editor-chefe da agência especializada Agrimoney.
“Os investidores há muito veem o potencial de declínio na produção dos Estados Unidos, com os 530 milhões de bushels colhidos no ano passado. Isso porque existe a ideia de que as semeaduras foram restringidas pelos fortes preços que levaram muitos agricultores do cinturão do trigo da primavera a preferirem plantar soja e, em particular, milho”, acrescenta.
Essas ideias, aponta Mike Verdin, ganharam ainda mais aceitação com as condições de seca que os dados oficiais mostraram: “Isso levou a classificação da safra dos EUA para apenas 38% em estado de ‘boa ou excelente’ – de longe a mais baixa em dados que remontam a 1995”.
“O próximo nível mais baixo é uma (data ajustada) de 52% de leitura relatada para esta época em 2017 – o que não é um grande sinal. A safra de trigo da primavera nos EUA naquele ano caiu para o mínimo de seis anos. Quanto mais pode ir o rali do trigo na primavera? Além do clima canadense e do norte dos Estados Unidos, uma influência será o preço relativo do grão em relação ao trigo de inverno, que tem oferta mais abundante” diz ele.
“O trigo da primavera certamente gerou prêmios maiores no passado do que, digamos, os US$ 1,05 por bushel que detinha sobre o trigo vermelho macio de inverno de Chicago na terça-feira”, conclui o editor-chefe da agência especializada Agrimoney.