Os preços do milho deverão continuar elevados, ao redor de R$ 90,00/saca em São Paulo e em Santa Catarina, devido aos altos preços dos fretes e à escassez sazonal destes estados, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. “O dólar alto continuará a enxugar produto para exportação no Cerrado Brasileiro, reduzindo a disponibilidade para o consumo interno”, destacam os analistas.
Os especialistas destacam que os preços já atingiram R$ 90,00/saca em Santa Catarina e R$ 96,00 na Bolsa B3 de São Paulo. “A elevação dos estoques finais da safra 20/21 pela Conab em 1,82 milhão de toneladas para mais de 11 MT só mostra a má distribuição do milho no país, mais concentrada nos estados do Centro”, explicam.
“Os estados do RS e SC, que, junto com o PR, também são os principais consumidores tem um déficit sazonal de 2,5 MT o RS e 3,5 MT o de SC precisam completar a sua necessidade nos estados do Centro, aumentando o frete, que subiu mais de 54% nos dois primeiros meses deste ano, elevando, com isto os preços pagos nos dois estados do Extremo Sul do país. O Paraná, por ter duas safras de milho, tem um quadro de oferta & demanda mais equilibrado e preços mais moderados”, conclui a TF. Confira os fatores que eles apontam para se ficar atento nos próximos dias:
FATORES DE ALTA
*Manutenção do dólar em patamares elevados: ao contrário de cair para R$ 4,85 como todos previam, o dólar passou de R$ 5,01 para a máxima de R$ 5,81 nesta semana.
*Escassez sazonal de milho nos estados do RS (2,5 mt) e SC (3,5 mt).
FATORES DE BAIXA
*Alta de 1,82 milhão de toneladas nos estoques finais do milho no Brasil, segundo Conab não impediu o aumento dos preços nos dois principais estados consumidores do Extremo Sul do país, devido aos aumentos do frete nos últimos 60 dias.