Outros dois fatores que podem direcionar as cotações se referem à situação com a China
“Dos cinco principais fatores que estão influenciando os preços neste momento, dois se referem ao clima: a situação atual de clima quente e seco que, se continuar, reduziria a oferta americana e prognósticos de chuvas que, conforme a sua intensidade, poderia melhorar a oferta norte-americana”. A afirmação é do analista de mercado da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco.
Em função disso, afirma ele, tudo segue indefinido. Outros dois fatores que podem direcionar as cotações se referem à situação com a China: “Os técnicos chineses, assim como a T&F, fizeram as contas e concluíram que a América do Sul, com seus mais de 90 milhões de toneladas exportáveis, poderia suprir, sozinha, a demanda chinesa de 2020, estimada pelo governo chinês em 83 milhões de toneladas (MT) e pelo Rabobank em 80 MT”.
Com isto, já foram adquiridas, nas últimas duas semanas, mais de 4,0 milhões de toneladas de soja sul americana – o que aumentou os prêmios ao redor de 20 cents/bushel. “Correndo por fora está o Dólar no Brasil, cuja composição é 70% influenciada pelo exterior e 30% pelos fatores domésticos. Os fatores domésticos estiveram calmos, nesta semana, mas os do exterior se mostraram muito voláteis, elevando a cotação do dólar em 1,54% e permitindo bons fechamentos no Brasil”, conclui Pacheco.
Fatores de Altas:
* Prognósticos de clima quente e seco
* Para a América do Sul, aumento da demanda chinesa, depois da decisão do país de não comprar mais produtos americanos
* Dólar no Brasil
Fatores de Baixa:
* Agravamento da negociação com a China
* Prognósticos de chuvas