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Área financiada pelo programa Agricultura de Baixo Carbono cresce 98% de Julho a Setembro

No primeiro trimestre do ano-safra 2020/21 (julho a setembro) as áreas agropecuárias com tecnologias de redução dos gases do efeito estufa financiadas pela linha de crédito do Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) passaram de 245 mil hectares para 485,1 mil hectares, alta de 97,9% na comparação ao mesmo período de 2019, informou o Ministério da Agricultura. As operações totalizaram R$ 1,068 bilhão, aumento de 36,8% em relação a julho-setembro de 2019. Segundo a pasta, o número de contratos cresceu 51%, de 796 para 1.202.

Na nota, o auditor fiscal federal agropecuário e responsável pelo levantamento, Roberto Rocha destacou a relevância do Programa ABC, política nacional focada em estimular a agricultura sustentável, e que integra o Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. A diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação (Depros), do ministério, Mariane Crespolini, disse que o Plano ABC passa por uma revisão para o próximo ciclo, de 2021 a 2030. “Estamos nos meses finais da primeira fase do plano, iniciada em 2011. Para a próxima etapa, nosso foco é trazer diretrizes que fortaleçam o Plano ABC, bem como a implantação das tecnologias preconizadas por essa política”, afirma.

De acordo com a Agricultura, os produtores rurais de Mato Grosso foram os que mais buscaram o financiamento e os de Mato Grosso do Sul os que mais expandiram a área com a adoção de práticas de baixa emissão de carbono, totalizando mais de R$ 163,9 milhões contratados e 167 mil hectares de área financiada, respectivamente. Em relação ao valor financiado, aparecem em seguida Minas Gerais (R$ 156,3 milhões) e Goiás (R$ 116,5 milhões). Quanto à área financiada, lideram Mato Grosso (66,8 mil ha) e Minas Gerais (46,1 mil ha).

Assim, o Centro-Oeste lidera em valor contratado e área financiada, com R$ 361,6 milhões em 271,4 mil hectares (área maior do que foi financiado em todo o Brasil no mesmo período do ano-safra anterior). O Sudeste ficou com o segundo lugar em valor contratado, com mais de R$ 250 milhões, e em terceiro lugar na área financiada (75,8 mil ha). O Nordeste somou, no primeiro trimestre do ano-safra, quase R$ 193,7 milhões e área superior a 79 mil hectares. Os produtores do Norte tomaram mais de R$ 162 milhões para financiar mais de 41,8 mil hectares. O Sul totalizou quase R$ 100 milhões em financiamento em uma área de mais de 31 mil hectares.

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