Os preços da banana caíram em âmbito nacional no decorrer deste mês (1º a 23/10). Mas, será que as recentes desvalorizações têm refletido na cotação média de outubro?
Para a prata, o cenário de queda é resultado da intensa onda de calor no semiárido na primeira quinzena, que alterou a fisiologia da variedade – apesar de sua maior resistência às intempéries –, antecipando o processo de maturação dos frutos. Assim, houve concentração dos volumes que estavam previstos para serem colhidos apenas em novembro. No Norte de Minas Gerais, por exemplo, a prata anã de primeira qualidade se desvalorizou 26% na parcial do mês frente à média de setembro, sendo comercializada por R$ 1,17/kg.
Já para a nanica, as cotações recuaram nas últimas semanas, pois seu elevado preço anterior – diante de um mercado mais reticente em pagar altos valores – desestimulou o consumo da variedade, que ainda encontrou concorrência com a prata, que estava sendo vendida a menores cotações. No entanto, a média, na parcial do mês, ainda está positiva, já que a oferta continuou controlada, sobretudo no começo de outubro. Assim, a nanica de primeira qualidade apresentou aumento de 8% no Vale do Ribeira (SP), na mesma comparação, fechando a R$ 1,96/kg.
Para as próximas semanas, produtores destas regiões acreditam que as temperaturas mais amenas podem segurar o desenvolvimento dos cachos, provocando recuo na oferta de novembro e, consequentemente, recuperação dos preços.