O mercado de milho brasileiro está no último quadrimestre da safra velha, com disponibilidade apertada, aponta a equipe de analistas da Consultoria TF Agroeconômica. De acordo com os especialistas, isso provoca um estado de “grande escassez de matéria-prima para o período daqui até a entrada da nova safa de verão, em janeiro no Rio Grande do Sul e fevereiro no Mato Grosso do Sul”.
Segundo eles, são de três a quatro meses de “forte demanda do setor de carnes, sem a disponibilidade adequada, o que deverá provocar firmeza nos mercados. Esta situação de aperto na oferta do milho disponível e atraso no plantio do milho de verão, devido à atual falta de chuvas, poderão manter os preços elevados a curto, médio e longo prazos”.
Com isto, a recomendação dos analistas da TF Agroeconômica é de compra para investidores ou para quem precisa comprar no mercado físico. Para quem é fornecedor de milho, a recomendação é de “deixar o mercado andar”.
PREÇOS NO FUTURO E FÍSICO
Ainda de acordo com a TF, as cotações do milho na B3 continuam seu caminho de alta, nesta quinta-feira, subindo forte pelo nono dia consecutivo e atingiu os níveis previstos pela Consultoria desde agosto passado, com dois meses de antecedência. A cotação de novembro teve alta de R$ 1,54/saca para R$ 70,96, a de janeiro alta de R$ 1,70 para R$ 71,23 e a de março R$ 0,42 atingindo R$ 70,00/saca.
“Os preços do mercado físico atingiram R$ 70,50/saca em três das principais cidades compradoras de milho de Santa Catarina, Concórdia e Joaçaba e R$ 72,00 no Espírito Santo, exatamente como previmos. Acreditamos que haja espaço para subir um pouco mais”, projetam os analistas.