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Custos com rações na avicultura paulista deve aumentar em 10%, segundo presidente da APA

De acordo com o presidente da associação Paulista de Avicultura (APA), Érico Pozzer, atualmente a relação entre preço de venda do frango inteiro e os custos de produção está praticamente empatada, mesmo com a recuperação dos valores em julho. Entretanto, com a saca de milho de 60kg em São Paulo chegando quase a R$ 60, e farelo de soja a R$ 1900 a tonelada, os custos com a ração devem aumentar em 10%.

Por causa do peso com a nutrição dos animais, além de outros custos, como funcionários nas granjas e agroindústrias, que tiveram que contratar mais pessoal para suprir quem foi afastado por fazer parte de grupo de risco na pandemia do coronavírus, o preço de venda do frango terá de ser reajustado.

“Hoje, o preço médio em São Paulo para a venda do frango inteiro está em torno de R$ 4,70/kg, contra um custo de produção estimado em R$ 3,30/kg. Só com ração, o custo é de R$ 2,50 para cada quilo de frango produzido”, afirma.

A preocupação do setor da avicultura para os próximos meses é tanto com a escassez de volume disponível de farelo de soja e milho, quanto com o preço desses insumos, disputados entre mercado interno e externo.

“Esperamos que as exportações de carne de frango continuem em bom ritmo, e que esse mês chegue às 400 mil toneladas para escoar um pouco mais da produção. Se houver qualquer soluço nas exportações, isso vai mexer com os preços aqui no Brasil”, disse.

Até o final do mês de agosto, virando para setembro, Pozzer afirma que o setor deve começar a repassar pelo menos parte dos custos de produção nos preços de venda.

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