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Mercado do ovo tem frustrações em agosto, com quedas logo no início do mês

O mês de agosto começou com uma breve alta para o mercado de ovos, mas os valores já começaram a ceder a partir do dia 5 de agosto, indo na contramão do que é esperado para um início de mês. De acordo com a diretora da Jox Assessoria Agropecuária, Heloisa Xavier, os últimos reajustes de preço do produto repassados ao consumidor acabaram fazendo com que a clientela se retraísse nas compras. 

Heloisa explica que as redes varejistas tiveram então que fazer promoções em uma tentativa de escoar os estoques, e a produção crescente nas granjas acabou gerando uma oferta maior do que a demanda. 

“Além do recuo das compras por parte da população, que tem feito mais escolhas, pesquisado mais, ainda que capitalizada no início do mês, há também a campanha dos panetones que começa em agosto. Por causa da pandemia, a indústria deste produto que adquiria boa parte da produção está mais reticente por causa das incertezas de mercado”, disse.

Na Grande São Paulo, segundo ela, entre 29 de julho a 5 de agosto, o preço da caixa com 30 duúzias do ovo extra branco subiu 14,1%, atingindo R$ 81. A partir do dia 5 até esta terça-feira (11), o preço recuou 6,2%, baixando para R$ 73 a caixa com 30 dúzias. 

“Esse preço em queda versus os custos de produção em alta, principalmente do farelo de soja e milho, que estão bem firmes, deixam as margens do produtor mais estreitas”, afirmou. 

Para a especialista, é importante que o setor produtivo observe a demanda e tome providências para reduzir a produção, como descartar as poedeiras mais velhas. 

A expectativa para o restante do mês de agosto é de um mercado com dificuldades, segundo Heloísa, sendo necessário observar como a demanda vai caminhar, em conjunto com as medidas de redução de produção e ações do mercado varejista.

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