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Pele de tilápia pode tratar queimados no Líbano

Vem do Ceará uma descoberta natural que auxilia na recuperação de queimaduras. Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) observam há 6 anos que a pele de tilápia age como um curativo para queimaduras de 2º e 3º grau.

Segundo o pesquisador Edmar Maciel, seu uso acelera o processo de cicatrização, além de diminuir a dor do paciente. “Ela age como curativo temporário, que evita a troca diária, reduz a perda de líquido e a contaminação do meio externo para dentro da ferida. Dependendo da profundidade da queimadura, a recuperação pode acontecer em um intervalo de 2 dias a até um mês e meio”, explica o professor.

Os testes foram realizados em 350 pacientes que tiveram melhora da dor, evitaram contaminações, além da recuperação. A  técnica criada no Ceará já foi usada na Califórnia (USA) para tratar queimaduras de ursos. Aqui no Brasil, em Campinas e em Fortaleza, ela já foi usada em cirurgias ginecológicas.

Agora o Brasil pretende enviar todo o estoque de pele de tilápia para auxiliar no tratamento de queimaduras em vítimas da explosão no Líbano. A ideia é mandar 40 mil centímetros. O envio ainda depende de acertos entre o Brasil e as autoridades sanitárias libanesas.

Em vários países do mundo, é comum o uso de pele de porco para queimaduras. Mas o professor explica que a pele de tilápia supera a do suíno na quantidade de colágeno e na resistência.

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