China e Hong Kong foram responsáveis por comprar 65% do volume de carne bovina in natura exportada pelo Brasil. O terceiro maior comprador representa 5% do total embarcado e a Rússia e Arábia Saudita representam 2,5% e Emirados Árabes com 2%.
De acordo com o Pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho, as suspensões temporárias da China aos frigoríficos brasileiros é uma medida para evitar novos surtos da doença no País. “Os chineses tem essa precaução de ter uma nova onda de casos por coronavírus e estão tomando todas as medidas para evitar. Porém, a China tem uma dependência muito grande da nossa carne”, destaca.
Outro ponto importante é que a potência asiática costuma comprar muito no segundo semestre. “Setembro e outubro são momentos interessantes do mercado chinês e espero que essa tendência continue até pelo volume de animais que temos no mercado”, diz Bernardino.
A entrada da frente fria no centro sul do país acaba contribuindo para uma escassez de oferta de animais. “A oferta restrita é o ponto principal que tem contribuído para uma sustentação dos preços da arroba no mercado físico”, comenta.
Para os próximos meses, a expectativa é que a disponibilidade de animais deve seguir restrita até o final de julho. “O cenário para o confinador começa a ficar interessante diante dos preços do milho. Deve aparecer animal em agosto, mas a concentração pode ser no segundo giro”, afirma.