O sojicultor brasileiro plantou com o dólar relativamente baixo e agora está colhendo sua safra com o preço acima, batendo recordes, o que torna este ano bastante lucrativo, como poucos anteriores, segundo a T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com a instituição, o que parece ser fator contrário, acaba beneficiando a todos.
“Neste ano de 2020, especificamente, está se invertendo o ditado costumeiro dos agricultores e a realidade está mostrando que plantaram com dólar barato e estão vendendo com dólar alto. Em setembro ele mal tinha atingido R$ 4,06 e hoje está a R 4,58, alta de 12,80%”, comentou a Consultoria.
Nesse cenário, a pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontou nova elevação de 0,81%% nos preços médios dos portos do Sul do país, para R$ 91,57/saca, contra R$ 90,30/saca do dia anterior, “mas maior ainda no mercado interno, pelo segundo dia consecutivo, de 1,57%, contra 1,21% do dia anterior, para R$ 85,43/saca, contra R$ 83,91 do dia útil anterior”.
“No Rio Grande do Sul os preços tiveram alta de um real/saca para R$ 93,00 no porto. No interior o preço saltou R$ 3,5/saca para R$ 91,00 em Cruz Alta e R$ 91,00 em Passo Fundo e Ijuí. Os preços pagos aos agricultores ficaram ao redor de R$ 80,00 nas Missões, R$ 83,00 no norte do estado e R$ 82,00 na região central. Para 2021 há ofertas a R$ 94,40 no porto”, completa.
Em relação ao mercado internacional dos subprodutos, “no porto chinês de Dallian o preço da soja grão avançou para US$ 527,12/t, contra US$ 524,46/t do dia anterior; o preço do farelo avançou forte para US$ 394,26/t, contra US$ 385,09/t do dia anterior e o preço do óleo, por sua vez, avançou para US$ 762,81/t, contra US$ 758,96/t do dia anterior”.