“A cada três carretas de produto, uma acaba não utilizada”
Proteger a silagem do mofo é indispensável para uma alimentação animal de qualidade, já que são mais de 80 espécies de fungos em silagens de milho e gramíneas. De acordo com Bruna Demétrio, coordenadora de negócios da linha de Feed Safety da Trouw Nutrition, as condições ácidas tornam o ambiente adequado para a proliferação do mofo, principalmente pela ação dos fungos do gênero Penicillium e Fusarium.
“Quando parte da produção estocada perde qualidade, normalmente os produtores descartam esse percentual, que pode chegar a um terço da capacidade total. Ou seja, a cada três carretas de produto, uma acaba não utilizada. É um impacto negativo enorme, pois a silagem gerou custo e demandou tempo para preparo. Além disso, há perda na qualidade da silagem, pois os micro-organismos se alimentam da matriz nutricional dos grãos, onde estão concentrados os nutrientes”, explica.
Ela afirma que perdas das silagens começam quando a parte superficial passa a apresentar coloração escura, comum em praticamente todas as fazendas. Nesse caso, a aplicação de antifúngicos é a solução preventiva e eficaz contra a contaminação, que prejudica o desempenho dos animais.
“A utilização de antifúngicos é parte da estratégia. Os cuidados começam desde o momento em que o produtor escolhe o espaço e o tamanho do silo. Depois, vem a escolha da lona para cobrir e proteger a área das diferentes condições climáticas. O antifúngico pode ser aplicado em todas as camadas durante a ensilagem e, principalmente, na camada superior do silo, onde existe o maior desafio de perdas. Além disso é importante fazer o manejo correto do painel durante o desabastecimento para controlar a contaminação por fungo”, descreve.