Durante as negociações da madrugada, os futuros de soja e grãos dos Estados Unidos apresentaram um aumento, refletindo os movimentos dos investidores que ajustam suas posições antes da divulgação dos relatórios de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) previstos para amanhã. Esses relatórios serão fundamentais, pois analisarão de perto a produção global e os estoques finais nacionais.
Segundo uma pesquisa da Reuters, as projeções do USDA para a produção brasileira de soja devem situar-se em 151,7 milhões de toneladas métricas, uma redução em relação aos 155 milhões previstos anteriormente em março. No entanto, na Argentina, espera-se que a produção seja estimada em 50,5 milhões de toneladas métricas, um aumento em comparação com os 50 milhões antecipados um mês atrás.
Quanto à produção de milho, os analistas estimam que no Brasil será de 121,8 milhões de toneladas métricas, abaixo da previsão anterior de 124 milhões. Na Argentina, a previsão é de 55,6 milhões de toneladas, também menor do que os 56 milhões anteriores. Espera-se que o USDA revise para cima os estoques domésticos de soja e trigo, enquanto reduzirá a previsão para os estoques de milho.
Os estoques finais de soja para o ano comercial de 2023-2024, que termina em 31 de agosto, estão estimados em 317 milhões de bushels, representando um aumento em relação aos 315 milhões previstos no último mês. Já os estoques de trigo provavelmente alcançarão 690 milhões de bushels, superando a projeção de março de 673 milhões. Em contrapartida, os estoques de milho devem ser revisados pelo governo para 2,102 bilhões de bushels, abaixo da previsão anterior de 2,172 bilhões, conforme indica a pesquisa da Reuters. Além disso, os futuros do trigo apresentaram um aumento durante a noite, impulsionados por preocupações com o tempo seco nas planícies do sul.
