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Fator pode disparar preço do milho

Plante milho: Hemisférios sul e norte demandarão colheitas quase ideais no próximo ano

“Finalmente as exportações brasileiras de milho começam a deslanchar”, anuncia o analista sênior da Consultoria TF Agroeconômica, Luiz Pacheco. O acompanhamento feito pela Agrifatto dos volumes de cereal vendidos ao exterior registra aumento considerável no mês de agosto, comprovado pelos gráficos.

“Isto ainda não levou, mas poderá levar a um aumento dos preços, na sequência. As exportações são o principal driver direcionador dos preços no Brasil daqui para frente”, projeta o especialista. Ainda de acordo com ele, as exportações de milho atingiram novo recorde mensal histórico. 

A exportação de milho dos últimos 8 dias úteis de ago/22 ficaram em 2,85 milhões de toneladas, média de 355,65 mil t/dia, 80,46% superior a média diária registrada em todo ago/21. As vendas externas do cereal bateram recorde histórico de volume embarcado em único mês e ficaram em 7,55 milhões de toneladas em ago/22, avanço de 83,17% no comparativo mensal e de 74,22% no anual.

A Consultoria Barchart aponta que, de uma perspectiva macro, o hemisfério norte produzirá menos colheitas do que o necessário para aumentar os suprimentos mundiais: “Isso sugere que os hemisférios sul e norte exigirão colheitas quase ideais no próximo ano. Não vemos uma rápida retomada da produção por, pelo menos, mais um ano para a Ucrânia”. 

Sobre o clima nos Estados Unidos, a Barchart afirma que, embora seja provável que parte da safra possa se beneficiar da chuva, a falta de chuvas na previsão do tempo para a maior parte do Centro-Oeste americano sugere que é baixa a probabilidade de a safra ganhar rendimento ou peso.

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