Em setembro de 2020 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso do paraquat no Brasil
Alguns cientistas da Universidade de Zhejiang, localizada na China, conseguiram usar a engenharia genética para desenvolver uma variedade de arroz geneticamente modificado para resistir a um dos herbicidas mais utilizados no mundo, o paraquat. Essa iniciativa faz parte de um esforço global para diminuir o uso de pesticidas químicos nas culturas.
De acordo com os responsáveis pelo desenvolvimento dessa variedade, o arroz geneticamente modificado possui características agrotécnicas semelhantes às variedades tradicionais quando cultivadas sem o uso de herbicidas. “No entanto, o tratamento com paraquat resultou em perda de vegetação e interrupção da estrutura do cloroplasto das folhas da planta, enquanto o arroz geneticamente modificado reteve a estrutura completa do cloroplasto mesmo em altas concentrações de paraquat”, explica o Fertilizer Daily.
“A pesquisa realizada abre a possibilidade para o uso generalizado de arroz geneticamente modificado na agricultura da China. Também serão realizados experimentos para aumentar a resistência de outras culturas agrícolas ao paraquat no futuro”, completa.
Em setembro de 2020 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso do paraquat no Brasil. A reavaliação toxicológica do Paraquat foi determinada em 2008 pela Anvisa e finalizada em 2017, onde a agência publicou as Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC) n° 177 e 190 de 2017, que “dispõe sobre a proibição do ingrediente ativo Paraquat em produtos agrotóxicos no país e sobre as medidas transitórias de mitigação de riscos”.