O agro fala. Você entende!

Aprosoja MT se preocupa com perda de qualidade do milho armazenado à céu aberto

Gerente da entidade destaca que grãos armazenados incorretamente podem perder peso e ficar expostos à ataque de pragas. Aprosoja também monitora avanço da cigarrinha e casos de enfezamentos nas lavouras do estado.

A colheita da segunda safra de milho segue avançando no Mato Grosso com os trabalhos adiantados com relação ao mesmo período da safra passada e do que a média das últimas cinco temporadas. No decorrer dos trabalhos, duas situações têm chamado a atenção dos produtores do estado, as dificuldades para armazenar os grãos de milho e o aumento no ataque de cigarrinhas que causam enfezamento nas lavouras. 

Segundo a gerente de defesa agrícola da Aprosoja MT, Jerusa Rech, o Mato Grosso produz 39 milhões de toneladas nas duas safras do estado, mas tem capacidade de armazenamento para apenas metade deste volume, o que gera essas dificuldades que foram agravadas pelo atraso na retirada da soja e pelo adiantamento da colheita do milho. 

Rech destaca que grãos deixados à céu aberto podem perder qualidade, ter seu peso reduzido e têm mais chances de sofrerem ataques de pragas enquanto estão armazenados de maneira incorreta. Já o grão colhido e colocado em um armazém tem garantia de qualidade por maior prazo. 

A solução desse problema passa por ampliação da capacidade de armazenagem tanto das empresas quanto dos próprios produtores. Para isso, a entidade trabalha na desburocratização das linhas de crédito para a construção de armazéns próprios, dentro das propriedades, um investimento que na visão da gerente se paga. 

Já com relação aos ataques de cigarrinhas, a gerente de defesa agrícola explica que muitas regiões do Mato Grosso deixaram de cultivar o milho apenas na segunda safra e passaram a plantar o cereal também no verão, o que aumentou a ponte verde dando mais disponibilidade de abrigo e alimento à praga. 

“Estamos tendo, nas últimas safras, um problema muito sério com a cigarrinha e nas regiões onde temos milho durante todo o ano essa situação é mais agravante. A Aprosoja tem estudado, por nossos Centros de Pesquisa a avaliação de materiais e, a partir daí, vamos tentar reduzir ou minimizar as perdas com a questão da cigarrinha”, diz. 

VEJA TAMBÉM