Adubação: saiba o que é, como funciona, como fazer o planejamento ideal, todos os benefícios e muito mais.
Tipos de adubos
Segundo a legislação brasileira, os fertilizantes podem ser classificados em três tipos. O primeiro são os mais utilizados na agricultura de larga escala: os fertilizantes minerais ou sintéticos. Esses adubos são concentrados e de rápida assimilação pelas plantas.
Fertilizante mineral
Produto de natureza mineral, natural ou sintética, obtido através de processo físico, químico ou físico-químico, fornecedor de um ou mais nutrientes de plantas.
O fertilizante mineral é dividido em:
- Simples: produto formado por um composto químico, contendo um ou mais nutrientes de plantas;
- Misto: produto resultante da mistura física de dois ou mais fertilizantes minerais;
- Complexo: formado por dois ou mais compostos químicos, resultante da reação química de seus componentes, contendo dois ou mais nutrientes de plantas.
Fertilizante orgânico
Uma das opções de adubo são os naturais. Eles são compostos de matéria orgânica, vegetal e animal.
Livres de processos químicos, são extraídos de folhas, cascas, ossos e fezes de animais. O material é colocado no solo e decomposto por bactérias antes de ser assimilado pelas plantas.
Os adubos orgânicos são liberados lentamente e não possuem atuação imediata, mas em compensação tem uma ação mais duradoura e prolongada, ao ser liberado aos poucos pelos microrganismos presentes no solo.
Acompanham diferentes fases do crescimento da planta, oferecendo uma quantidade mínima de nutrientes constantemente.
Os fertilizantes orgânicos são divididos em:
- Simples: produto natural de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutriente de plantas, exemplo: adubação verde.
- Misto: produto de natureza orgânica, resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples, contendo um ou mais nutriente de plantas;
- Composto: produto obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matéria-prima de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, isoladas ou misturadas, podendo ser enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou agente capaz de melhorar suas características físicas, químicas ou biológicas.
Fertilizantes organominerais
São aqueles constituídos por material orgânico enriquecidos com minerais, que são nutrientes em sua forma inorgânica para serem absorvidos de forma rápida.
Essa combinação visa, simultaneamente, o melhoramento do solo e de suas propriedades físicas, e o fornecimento de matéria-prima bruta para que a planta possa crescer de forma saudável e rápida.
Esse tipo de fertilizante age como um excelente corretivo,equilibrando o pH do solo e mantendo sua porosidade de forma ideal.
A matéria orgânica inteiriça funciona ainda como um quelante, absorvendo micronutrientes para que eles possam ser aproveitados aos poucos.
Uso e aplicação dos adubos
Existem diferentes técnicas que podem ser escolhidas pelo produtor, dependendo do maquinário disponível, do tipo de fertilizante a ser utilizado e do momento em que será feita a adubação.
Aplicação de fertilizantes por semeadura
Essa estratégia de aplicação de fertilizantes ocorre durante o plantio, na etapa de semeadura. Nesse caso, os adubos granulados são depositados no solo pouco abaixo das sementes, nos mesmos sulcos em que elas são colocadas.
A técnica de aplicação por semeadura é indicada principalmente para solos com necessidade de fósforo, um nutriente fundamental para o crescimento dos vegetais e que precisa ser depositado perto das raízes das plantas.
Aplicação pneumática
Utilizado para culturas que apresentam espaçamento entre linhas de plantio mais elevado (como a cana-de-açúcar), nas quais a aplicação na linha se torna mais eficiente e sem desperdício para as áreas em que as raízes não alcançariam o fertilizante absorvido pelo solo.
Adubação a Lanço
A adubação a lanço é uma técnica que possibilita fazer a adubação antecipada total ou parcial do volume de fertilizante que uma cultura necessita.
Entre as vantagens do sistema tornar a semeadura mais rápida, o que reduz gastos já que a adubação foi feita de forma prévia e evita a operação em linha.
A técnica é realizada na superfície do solo, gerando ganho em tempo e produtividade, pois permite uma faixa de aplicação de fertilizantes a lanço de até 36m.
Adubação Foliar
A aplicação foliar utiliza fertilizantes líquidos, próprios para essa técnica. O adubo é misturado à água e pulverizado diretamente sobre as folhas e não no solo, como ocorre com os fertilizantes sólidos.
A adubação foliar promove resultados melhores do que a adubação via solo quando é necessário suprir uma demanda nutricional da planta com mais rapidez ou em fases do crescimento da planta.
Irrigação
Aplicação por irrigação : essa técnica também é conhecida como fertirrigação. Consiste em aplicar os fertilizantes de forma liquida, por meio de pivôs centrais ou por mangueiras de gotejamento .
Técnicas de aplicação de adubação
Embora a escolha da técnica de adubação e do fertilizante ideal dependa de muitos fatores, como ascondições do solo e do clima, ou de quais plantas estão sendo cultivadas e em que estágio de desenvolvimento elas se encontram, alguns tipos de fertilizante apresentam um ótimo desempenho quando associados a determinadas técnicas, como podemos ver:
- A adubação junto com o plantio: ideal para fertilizantes químicos e granulados;
- A técnica de adubação a lanço: ideal para fertilizantes químicos e granulados, orgânicos e produtos em pó para correção do solo (calcário e gesso);
- A adubação por irrigação: essa técnica é mais recomendada para fertilizantes líquidos, uma vez que é feita junto à irrigação da lavoura;
- E adubação por pulverização: ideal para o uso de fertilizantes foliares, também diluídos.
Conclusão
Assim os adubos, sejam minerais ou orgânicos, são compostos que desempenham função primordial no desenvolvimento das plantas, fornecendo ao solo os nutrientes que elas necessitam para germinar e produzir folhas, sementes e frutos.
Portanto, o uso consciente e o emprego de técnicas agrícolas adequadas são a chave para o aumento da produtividade agrícola e, consequentemente, a redução do custo dos alimentos.