No final da tarde quinta-feira (26), a Polícia Rodoviária Federal realizava fiscalização no município de Primavera do Leste, quando deu ordem de parada a uma caminhonete de cor branca que circulava pela região.
Após ser feita a verificação da documentação do veículo, foi realizada a fiscalização da carga que era transportada.
Ao observarem os produtos transportados, detalhes dos rótulos, tampas, lacres e inscrições nas embalagens, a equipe constatou diversos indícios de adulteração, o que fez concluir tratar-se de produto diverso do declarado em nota fiscal.
Em razão da rota, dos elementos relacionados à ocorrência e do relato do motorista, que se contradisse em vários momentos, poderia tratar-se de agrotóxico contrabandeado disfarçado de produto fertilizante, prática comum do crime organizado.
Indagado, o motorista do veículo alegou que a carga se tratava de mistura de óleo vegetal com fertilizantes, porém ao desconfiar do produto a equipe continuou a questionar o condutor a respeito da carga, momento em que o mesmo admitiu se tratar do agrotóxico conhecido como Paraquat, que é um herbicida dessecante de uso proibido no Brasil.
Por se tratar de agrotóxicos de origem ilegal a equipe solicitou a presença e análise dos fiscais do INDEA, os quais compareceram e realizaram a verificação dos produtos.
Questionado sobre a situação, o condutor declarou que adquiriu a mercadoria ilícita em Goiânia e que a utilizaria em lavouras de Mato Grosso.
Foram apreendidos 1600 kg de agrotóxicos, sendo 80 galões com 20 kg cada. No ano as apreensões de agrotóxicos ilegais da PRF somente no estado do Mato Grosso já somam aproximadamente 40 mil kg.
Diante dos fatos, o homem foi detido, a princípio, pelo crime de contrabando, crimes contra a propriedade industrial e crime contra o meio ambiente, sendo encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Primavera do Leste/MT.
Além dos potenciais danos a saúde dos consumidores e ao meio ambiente que podem decorrer do uso de agrotóxicos ilegais, existem os prejuízos financeiros gerados pelo contrabando, o qual gera uma concorrência desleal com os empresários e agricultores que buscam comprar e vender os produtos dentro da lei.