Para que os preços da soja tenham chance de voltarem para o patamar de R$ 200 a saca (ou mais) a curto prazo, uma série de fatores improváveis teriam de acontecer. De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, para isso acontecer as “previsões de aumento de área nos Estados Unidos não deveriam se confirmar, ou deveria haver uma seca naquele país, ou nova seca na América do Sul, ou ainda haver uma grande reativação da demanda na China”.
No entanto, ressaltam os analistas de mercado, “nenhum desses fatores estão presentes no horizonte a curto e médio prazos. Quem seguiu a recomendação de venda, feita há duas semanas, estarão muito satisfeitos neste momento. Muitos agricultores não gostam quando dizemos que os preços podem cair, mas é para seu próprio bem, como mostram as recomendações que fizemos há duas semanas. Quem as seguiu, vendeu a preços 9,85% mais altos, até o momento”.
FATORES DE ALTA
*Não vemos fatores de alta significativos a curto, médio e longo prazos. Os três fatores que compõe o preço da soja estão caindo: Bolsa de Chicago que, no dia 24 de fevereiro, atingiu $17,58 cents/bushel, fechou a $ 15,28/bushel nesta sexta-feira, queda de 230 pontos ou US$ 76,67/tonelada no porto; os prêmios estavam em 118 cents/bushel em fevereiro e subiram para 178 nesta sexta-feira, ou US$ 19/t, não compensaram a queda das cotações e o dólar, que estava a R$ 5,10 no início da guerra, hoje fechou a R$ 4,66, queda de 8,63%. Por trás disso, a demanda mundial, representada principalmente pela Europa e pela China, estão em retração.
FATORES DE BAIXA
*EUA registraram estoque maior do que o esperado
*EUA devem aumentar a área de soja e isto é baixista
*China reduzindo importações
*Fretes internacionais em alta, encarecem os produtos e freiam a demanda
*Queda $ 230 cents/bushel em Chicago desde o início da guerra
*Queda do dólar, queda de 18,39% nos últimos 12 meses
*Queda dos preços do farelo e do óleo no mercado interno, acompanhando a queda do milho e do trigo