A Agência Americana de Meteorologia e Oceanografia (NOAA) indicou que o fenômeno La Niña alcançou sua maturidade. O fenômeno prosseguirá até o outono, aproximadamente até o mês de maio, chegando ao final no começo do inverno. Há especulação em torno do aparecimento do fenômeno El Niño no segundo semestre. Ao contrário do La Niña, o El Niño é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, causando a seca na Amazônia e no Nordeste e o aumento das chuvas no Sul do país.
Atualmente, a Oscilação Interdecadal do Pacífico em fase fria vem impedindo o aparecimento frequente de El Niños. Nos últimos dez anos, três previsões de El Niño não se confirmaram. Para a NOAA o ano de 2022 será semelhante ao ano de 2012, justamente um dos períodos em que havia previsão de El Niño que não se confirmou. Por outro lado a La Niña causou perdas significativas na safra de grãos, especialmente nos estados do Sul e Mato Grosso do Sul.
Para o período entre fevereiro e abril de 2022, a simulação da Universidade de Colúmbia indica manutenção da chuva abaixo da média no centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul, além de boa parte do Uruguai e Argentina, comprometendo o desenvolvimento agrícola. Outras áreas com chuva abaixo da média aparecem no Sudeste, entre São Paulo, sul e leste de Minas Gerais, Rio De Janeiro e sul do Espírito Santo, além do norte do Nordeste, sudoeste do Amazonas e oeste do Acre.
Outra expectativa está na baixa das temperaturas de forma antecipada neste ano. O frio do outono deve chegar mais cedo que o normal no Sul. Em abril já se prevê, inclusive, geada no centro e Sul, Centro-Oeste e até mesmo em áreas do Norte do país. O calor ficará acima da média entre o Norte e Nordeste, áreas que receberão chuva abaixo do normal no trimestre.