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Tensões entre Rússia e Ucrânia se aliviam e mercados reagem imediatamente. Atenção, porém, continua

As notícias sobre um certo alívio nas tensões entre Rússia e Ucrânia deram espaço para uma imediata reação dos mercados nesta terça-feira (15). As commodities estão devolvendo as altas – lideradas pelo petróleo – os índices acionários sobem, o dólar também recua e aos poucos os investidores buscam entender quais serão os próximos movimentos.

Como explicou o economista especializado em economia internacional e professor do Insper, Roberto Dumas Damas, é preciso reforçar que o movimento, porém, ainda está ocorrendo e que o conflito não foi efetivamente encerrado. “O movimento aliviou a tensão, mas achar que agora é só festa, muito cuidado nessa hora”, diz. “Continuamos olhando o preço das coisas, como continuarão”.

Dumas reforça ainda sobre a necessidade da diplomacia neste momento, uma vez que um quadro de guerra poderia pressionar ainda mais o cenário da inflação alta e de difícil controle em quase todo o mundo. São 7,5% nos EUA – a mais alta desde a década de 1980 – 5% na Zona do Euro e mais de 10% no Brasil. Afinal, a Rússia é determinante fornecedora de fertilizantes, de gás natural, petróleo e diversos outros produtos que poderiam impactar diretamente no caminho que a inflação continuaria fazendo.

“Esse alívio melhora a situação macroeconômica do mundo inteiro e temos tudo a ver com isso. Temos que falar do Brasil, mas a Bielorrússia nos afeta”, explica o economista. “Então, está aí o nexo causal do Brasil com uma possível guerra”. 

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