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Nematicidas devem crescer 14% em 5 anos

O mercado de nematicidas deve crescer aproximadamente 14% no Brasil nos próximos cinco anos, de acordo com o Prof. Dr. Fernando Godinho de Araújo, nematologista e diretor-chefe do Centro de Inovação do Instituto Federal Goiano. O aumento projetado é muito superior ao estimado para fungicidas (3%) e inseticidas (2%).

Segundo ele, esse resultado se deve à “intensificação da percepção que os produtores têm dos danos causados pelos nematoides, bem como a grande difusão de tecnologias que temos atualmente. Esse mercado será preenchido por novos produtos químicos (duas a três moléculas) e principalmente por nematicidas biológicos”.

Araújo, que é também coordenador do Laboratório de Manejo Integrado de Nematoides (LABMIN), acrescenta que a associação de agentes de controle biológico, como fungos e bactérias, como moléculas químicas vem sendo testado por pesquisas visando maximizar a ação desses produtos.

“No entanto, é de fundamental importância avaliar previamente a compatibilidade, principalmente quando se fala da junção entre produtos químicos e biológicos. No caso da compatibilidade, tornam-se ferramentas muito interessantes, pois além de favorecer o estabelecimento inicial de mudas de soja, promove um maior efeito residual que consequentemente promove uma maior redução populacional do patógeno”, afirma o especialista em artigo do portal especializado AgriBrasilis.

“Os nematoides, principalmente as espécies Heterodera glycines, Meloidogyne javanica, M. incognita e Pratylenchus brachyurus, configuram-se como um importante fator limitante na produtividade da soja, podendo levar a perdas de até 100%. Essas perdas causadas pelos nematóides estão diretamente relacionadas à sua densidade populacional no solo, ao sistema de cultivo utilizado e às técnicas de manejo adotadas”, conclui.

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