Edmilson Zabot – Vice-Pres. Sind. Rural de Palotina – PR – Além das perdas, os grãos que foram colhidos não tem qualidade suficiente para serem recebidos pelas empresas. Entidades buscam viabilizar linhas de crédito e renegociações de dívidas, além de esperar a volta da chuva para viabilizar o plantio da segunda safra de milho
As lavouras de Palotina no Paraná passaram por um longo período sem registro de chuvas, o que impactou diretamente e drasticamente o desenvolvimento tanto do milho quanto da soja nesta safra de verão 2021/22.
Segundo o vice-presidente do Sindicato Rural de Palotina/PR, Edmilson Zabot, a entidade realizou levantamento na virada do ano e, até o dia 28 de dezembro a perda da soja era de 80%. Este patamar subiu para 90% no começo do ano e agora já é de 95% da produção esperada que, na visão da liderança, não se recupera mais.
Para as primeiras lavouras que conseguiram ser colhidas, Zabot relata que a qualidade dos grãos está muito baixa e as empresas estão com dificuldades para receber as remessas, já que não há destino para este nível de qualidade. As lavouras de milho silagem também sofreram muito e tiveram perdas de 100%.
Diante do cenário drástico, entidades regionais e estaduais buscam junto ao Ministério de Agricultura e o governo federal a disponibilização de linhas de crédito especiais, possibilidades de renegociação das dívidas, agilidade das seguradoras para liberarem as áreas e apoio aos produtores de leite, que também reduziram em 35% a produção diária.
A esperança no momento seria a segunda safra de milho, para ajudar a recuperar um pouco dessas contas e ainda dar algum suporto ao setor das proteínas animais. Porém, diante da falta de chuvas que persiste na região, a semeadura não é possível no momento.