Em 15 de abril é comemorado o Dia Nacional da Conservação do Solo. Sendo um recurso não renovável, é imprescindível que seja bem administrado, para garantir o bem-estar do meio ambiente e a produtividade da agricultura.
O pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Afonso Peche, afirma que a conservação do solo em ambientes tropicais é essencial para manutenção da capacidade produtiva das plantas e das funcionalidades hidrológicas da área. “Precisamos proteger o solo contra, principalmente, chuvas torrenciais e radiação solar, tão normais dentro da realidade da agricultura brasileira”, afirma.
Segundo Peche, a construção do perfil de solo melhora a capacidade de infiltração. Assim, a terra armazena água para recarregar o lençol freático e disponibilizar em períodos mais secos.
O pesquisador reforça, também, que o solo não é capaz de absorver toda a chuva comum em áreas tropicais. Por isso, também é importante cuidado do chamado escorrimento, para que a água que chega aos mananciais não esteja carregada de sólidos, como argila, e matéria orgânica.
“Isso mantém a vida pujante, e a biodiversidade, ativa, ajudando no controle de pragas e doenças e fazendo com que as plantas respondam cada vez mais ao aporte tecnológico”, diz.
Vantagens para o produtor que conserva o solo
O produtor conservacionista, explica Peche, garante que o investimento feito no perfil do solo seja preservado. Isso dá condição para que a planta desenvolva toda sua capacidade genética.
“Tendo um bom desenvolvimento fisiológico, ela aumenta sua produtividade, potencializando toda a sua genética e expressando a tecnologia presente no cultivar”, pontua.
Segundo ele, a propriedade que investe no solo está investindo no seu futuro. “O agricultor conservacionista constrói cenários produtivos melhores. É uma garantia de que as terras do futuro estarão muito melhores do que estão hoje”, diz.
Ele menciona, por exemplo, a produtividade maior de lavouras que trabalham com o plantio direto na palha.