O Paraná prevê produzir 148 mil toneladas de arroz na safra 2020/21. O volume está abaixo da necessidade de consumo da população, o que obriga à importação. Esse é um dos temas analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 20 a 26 de março.
A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que o Brasil produza 11 milhões de toneladas de arroz na safra 2020/21. Isso representa 1,9% a menos que no ciclo anterior. Apesar de os produtores terem sido bem remunerados no ano passado, a redução de área plantada se deve à falta de chuvas no período de implantação das lavouras, além da concorrência com a soja e milho, que tiveram cotações excelentes.
O Paraná, que já teve produção significativa do produto até meados do século passado, está com volume reduzido atualmente. De acordo com o documento preparado pelos técnicos do Deral, devem ser plantados 21,1 mil hectares, dos quais 18,5 mil de arroz irrigado e 2,6 mil de sequeiro.
A produção prevista é de 148 mil toneladas, repetindo o resultado da safra anterior. Esse volume representa menos de um terço da necessidade de consumo por parte dos paranaenses. Dessa forma, o Estado depende de importações, sobretudo do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Em termos mundiais, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima produção de 502,6 milhões de toneladas de arroz beneficiado na safra 2020/21. Entre os maiores produtores estão a China, com 30% do volume, seguida de Índia, Vietnam e Tailândia. O Brasil ocupa o 10º lugar.